São Paulo — InkDesign News — O retorno conjunto de Mark Zuckerberg, CEO da Meta, e Palmer Luckey, fundador original da Oculus VR, destaca uma forte movimentação da indústria tecnológica em direção a contratos militares, refletindo uma nova tendência de subcultura “tech” que valoriza a militarização e a masculinidade no setor.
Contexto e lançamento
Após anos de divergências e um contencioso processo judicial, Zuckerberg e Luckey oficializaram uma parceria focada em desenvolver tecnologia de realidade aumentada (AR) e realidade virtual (VR) para o exército dos Estados Unidos. O projeto, intitulado “EagleEye”, visa criar um sistema de VR robusto capaz de detectar soldados inimigos ou drones, marcando uma transição significativa para ambos em um mercado que há muito tempo solicitava inovação.
Design e especificações
Embora os detalhes técnicos do sistema EagleEye ainda não tenham sido completamente revelados, o foco em criar uma plataforma de VR durável e efetiva sugere um investimento sério em pesquisa e desenvolvimento. Particularmente, a proposta é ver um avanço em relação às falhas observadas em projetos anteriores, como o HoloLens da Microsoft, que foi criticado por causar desconforto aos usuários em testes operacionais. “Estamos trabalhando em vários projetos há algum tempo”, disse Luckey, reafirmando a seriedade da colaboração.
Repercussão e aplicações
Essa iniciativa não apenas amplia os horizontes de ambos os executivos no mercado militar, mas também reflete uma tendência crescente entre as empresas de tecnologia que buscam ativamente uma fatia do complexo industrial-militar. A postura de Luckey em relação ao suporte a políticas militaristas pode ser vista como um reflexo de suas convicções pessoais, como ele mesmo destacou em um discurso recente:
“Estou ajudando a fornecer as ferramentas da violência”
(“I’m helping provide the tools of violence.”)— Palmer Luckey, Fundador, Anduril
. Além disso, a recente mudança de imagem de Zuckerberg agrada a um público que valoriza uma abordagem mais agressiva e assertiva nas questões de tecnologia e defesa.
O relacionamento entre os dois executivos, antes marcado por tensões, agora renasce em um contexto que prioriza inovações aplicáveis à segurança e à defesa. À medida que as empresas de tecnologia se aproximam do governo e do setor militar, a indagação sobre as implicações éticas dessas colaborações torna-se cada vez mais pertinente.
O futuro prevê uma continuidade dessa tendência, com a possibilidade de novas parcerias surgindo nesse campo em crescimento, que mescla desenvolvimento tecnológico e militarização.
Fonte: (Gizmodo – Cultura Tech & Geek)
