
São Paulo — InkDesign News — Um novo desdobramento no cenário financeiro digital repercute entre usuários e instituições. O aplicativo de transferência de dinheiro Zelle, conhecido por sua integração com grandes bancos, está sob uma severa ação judicial por falhas significativas de segurança, conforme relata o procurador-geral de Nova York, Letitia James.
Contexto e lançamento
Desde seu lançamento em 2017, Zelle prometeu agilidade e segurança nas transações financeiras. Contudo, as alegações atuais indicam que a plataforma, gerida pela Early Warning Services (EWS), ignorou relatos sobre fraudes, resultando em perdas superiores a US$ 1 bilhão para consumidores. Segundo James, a EWS sabia que “características-chave da rede Zelle a tornavam única e suscetível a fraudes, e, ainda assim, falhou em adotar salvaguardas básicas” para proteger os usuários. A falta de um processo de verificação adequado permitiu que golpistas se passassem por outros, chocando o setor financeiro.
Design e especificações
Zelle opera como um serviço de transferência instantânea associado a contas bancárias, permitindo que os usuários enviem dinheiro diretamente uns aos outros sem taxas. O design da plataforma, embora intuitivo, carece de medidas antifraude robustas, com a EWS não adotando práticas essenciais que poderiam ter prevenido fraudes. A ausência de um mecanismo para reverter transações significa que usuários enganados não têm como recuperar valores perdidos, situação que foi motivo de recente pressão do Congresso, levando a empresa a reembolsar vítimas de fraudes.
Repercussão e aplicações
As alegações de James expandem um foco que anteriormente coube ao Escritório de Proteção Financeira do Consumidor, que buscava ação contra principais bancos incluindo JPMorgan Chase e Bank of America por preocupações semelhantes. A situação gerou um debate acalorado sobre a responsabilidade das instituições financeiras em proteger seus clientes, revelando falhas graves de comunicação e resposta. A EWS, segundo o procurador, “falhou em remover rapidamente os fraudadores da rede Zelle”, perpetuando um ambiente propício para abusos.
EWS sabia desde o início sobre as fraquezas da plataforma, mas não tomou as devidas providências.
(“EWS knew from the beginning that key features of the Zelle network made it uniquely susceptible to fraud.”)— Letitia James, Procuradora-Geral de Nova York
Nos próximos meses, espera-se que o caso continue a avançar, desafiando como as aplicações financeiras digitais devem operar e o que constitui uma proteção adequada para os consumidores. A repercussão de casos como este pode levar a uma reavaliação das práticas de segurança em plataformas de pagamento.
A falta de ações contra fraudes reforça a necessidade de um controle mais rigoroso.
(“Even when EWS did receive reports of fraud, it failed to promptly remove the fraudsters from the Zelle network.”)— Letitia James, Procuradora-Geral de Nova York
Fonte: (Gizmodo – Cultura Tech & Geek)