
São Paulo — InkDesign News —
A inteligência artificial (IA) está cada vez mais integrada ao cotidiano empresarial, desafiando gestores a reestruturar suas abordagens de segurança e governança. Este cenário se intensifica com o uso de grandes modelos de linguagem (LLMs) e técnicas de deep learning, que potencializam a automação e a eficiência em diversas operações.
Tecnologia e abordagem
A conversa com Jerry R. Geisler III, Vice-Presidente Executivo e Chief Information Security Officer da Walmart, revela que a adoção de IA autônoma introduz novas ameaças de segurança que contornam os controles tradicionais. Segundo Geisler, “a adoção do AI agente introduz riscos de segurança inteiramente novos” que abrangem desde a exfiltração de dados até o uso indevido de APIs (”The adoption of agentic AI introduces entirely new security threats”).
Para lidar com esses desafios, a Walmart está implementando Advanced AI Security Posture Management (AI-SPM), visando monitoramento contínuo de riscos e conformidade regulatória. O foco está em robustecer os controles proativos de segurança com protocolos de identidade moderna e arquiteturas de Zero Trust.
Aplicação e desempenho
A estrutura híbrida multi-cloud da Walmart, envolvendo ambientes como Google Cloud e Azure, exige uma segmentação de rede baseada na identidade. Isso garante que políticas de acesso se mantenham consistentes através de diferentes plataformas. Geisler afirma que “a segmentação é baseada em identidade em vez de localização de rede” (”Segmentation is based on identity rather than network location”).
Além disso, a empresa está integrando modelos de machine learning em sua pilha de segurança para identificar anomalias comportamentais e detectar tentativas de phishing. Isso inclui a simulação de cenários de ataque para testar a resiliência das defesas, utilizando IA generativa como parte do processo.
Impacto e mercado
Walmart se destaca ao combinar pessoas e tecnologia para neutralizar ameaças, alinhando-se a uma tendência crescente no mercado. Geisler menciona que, operar em escala leva à necessidade de respostas rápidas e autônomas, aplicando automação inteligente em seu programa de resposta a incidentes: “O uso de plataformas SOAR nos permite orquestrar fluxos de trabalho de resposta rápida” (”Using SOAR platforms, we orchestrate rapid response workflows”).
Essa estratégia não só melhora a contenção de ameaças, mas também garante que recursos sejam aplicados onde mais são necessários, definindo assim um novo padrão de segurança em empresas de grande porte.
À medida que o mercado continua a evoluir, a Walmart investe na formação de talentos em cibersegurança por meio de programas como o Live Better U, que oferece educação acessível para capacitar funcionários.
O futuro das operações em larga escala dependerá da continua evolução das arquiteturas de IA e da adaptação estratégica às novas ameaças.
Fonte: (VentureBeat – AI)