
São Paulo — InkDesign News — Na última semana, uma surpreendente ocorrência envolvendo paragliding ganhou destaque, suscitando discussões na interseção entre tecnologia e exploração ao ar livre. A alegação de um vídeo viral que supostamente capturou um acidente extremo está agora sob investigação por possíveis falhas envolvendo inteligência artificial.
Contexto e lançamento
A história gira em torno de Peng Yujian, um paraglider de 55 anos que, em 24 de maio, afirmou ter sido puxado a 18.000 pés (5.500 metros) por um fenômeno meteorológico conhecido como “cloud suck” durante um teste de equipamento. Este tipo de ocorrência, que remete a eventos históricos com outros paragliders, trouxe à tona questões sobre a veracidade das imagens disseminadas em plataformas de mídia social, notavelmente Douyin, o TikTok chinês.
Design e especificações
A câmera acoplada ao equipamento de Peng supostamente registrou o acidente, apresentando imagens impressionantes de sua face coberta de neve enquanto ele enfrentava temperaturas extremas de quase -40 graus Celsius. Contudo, a análise de especialistas da firma de segurança digital GetReal revelou que os primeiros cinco segundos do vídeo podem conter imagens geradas por IA. Analisando a filmagem, Abhinav Dhall, professor associado da Monash University, destacou que “se observarmos de perto os primeiros três ou quatro segundos deste vídeo, podemos ver que as nuvens ao fundo não parecem reais” (“if we closely observe the starting say 3 or 4 seconds of this video we can see that the clouds in the background do not really look real”).
Repercussão e aplicações
A controvérsia levou várias plataformas de notícias, incluindo NBC e BBC, a retirarem o vídeo de suas publicações. Além disso, a disseminação internacional das imagens via a agência Reuters levantou preocupações sobre a autenticidade dos conteúdos veiculados. O impacto cultural da manipulação de vídeos por IA é notável, destacando a necessidade de discernimento na era digital. A discussão se concentra na capacidade da IA de criar visuais que são indistinguíveis da realidade, ampliando o desafio para a indústria de notícias em como validar e reportar eventos extremos e virais de forma precisa.
“O vídeo… usou inteligência artificial para falsificar algumas das filmagens, segundo uma análise de uma firma de segurança digital”
(“The video… employed artificial intelligence to fake some of the footage, according to a review by a digital security firm.”)— Reuters
À medida que a tecnologia avança, a questão central permanece: como será o futuro da narrativa visual num cenário onde o real e o artificial estão cada vez mais entrelaçados? A evolução das capacidades de IA sugere que tanto os criadores de conteúdo quanto os consumidores precisarão permanecer vigilantes e críticos diante das informações que consomem.
Fonte: (Gizmodo – Cultura Tech & Geek)