
São Paulo — InkDesign News — A Vera C. Rubin Observatory, localizada no Cerro Pachón, Chile, deu início à sua missão de dez anos com a divulgação de imagens impressionantes, marcando o começo do Legacy Survey of Space and Time (LSST) em 23 de junho.
Detalhes da missão
O projeto LSST promete revolucionar a astronomia, com um escopo que inclui a investigação de energia escura e matéria escura. A observação será realizada utilizando o Simonyi Survey Telescope de 8,4 metros e a LSST camera (LSSTCam), a maior câmera digital do mundo. A capacidade da Rubin de mapear todo o céu noturno do hemisfério sul a cada três noites assegura a coleta de dados sobre até 40 bilhões de corpos celestes ao final da missão. A primeira imagem liberada mostra o aglomerado de Virgem, localizado a aproximadamente 53,8 milhões de anos-luz da Terra, e contém cerca de 10 milhões de galáxias, representando apenas 0,05% do total previsto.
Tecnologia e objetivos
A LSSTCam captura uma área equivalente a 45 luas cheias em uma única imagem. O telescópio se destaca pela capacidade de registrar fenómenos celestes que mudam de brilho, permitindo uma observação dinâmica do espaço. A meta é explorar eventos transitórios, como supernovas e estrelas variáveis, além de contribuir para a medição das distâncias cósmicas através de supernovas do tipo Ia, que são usadas como “velas padrão” na astronomia.
“Com este telescópio de classe de 8 metros, entramos na era da ‘astro-cinematografia’, explorando uma nova dimensão: a do tempo.”
(“With this 8-meter class telescope capable of continuously mapping the southern sky every three days, we enter the era of ‘astro-cinematography’, exploring a new dimension: that of time.”)— Roberto Ragazzoni, Presidente do Instituto Nacional de Astrofísica (INAF)
Próximos passos
Com a LSST em fase de implementação, os cientistas estão ansiosos para explorar novas colaborações e aprofundar as pesquisas sobre a evolução do universo. Dentro dos próximos meses, a observatório deverá começar campanhas de observação que atenderão a uma gama diversificada de temas científicos, desde estudos sobre os asteroides até a investigação de fenômenos imprevisíveis no céu.
“Rubin permitirá que observemos fenômenos transitórios em ação, possibilitando novas e frequentemente inesperadas descobertas astrofísicas.”
(“Rubin will enable us to observe transient phenomena in action, making new, often unexpected, astrophysical discoveries possible.”)— Sara (Rosaria) Bonito, Diretora da Aliança de Descoberta LSST
O potencial do Rubin Observatory não apenas amplia os horizontes da nossa compreensão do cosmos, mas também abre novas possibilidades para a pesquisa em astrofísica a partir da observação em tempo real. Esse projeto marcará um avanço significativo na exploração do espaço e na ampliação do conhecimento humano sobre o universo.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)