
São Paulo — InkDesign News — A administração Trump intensifica sua pressão sobre instituições de ensino superior, com orientações da secretária de Educação, Linda McMahon, que sugerem compliance nas ações acadêmicas em prol da agenda governamental.
Contexto e lançamento
Recentemente, a administração Trump envolveu-se em conflitos com Harvard University, especialmente em relação às práticas de diversidade, equidade e inclusão da instituição. Em uma série de ações, o governo federal ordenou o cancelamento de contratos que representavam cerca de US$ 100 milhões em financiamento, além de ter tentado congelar outros US$ 2,2 bilhões destinados à universidade. As tensões culminaram em um processo judicial movido por Harvard contra a administração, que busca garantir sua autonomia e evitar a imposição de políticas governamentais.
Design e especificações
Linda McMahon, em uma entrevista ao CNBC, afirmava que “as universidades devem continuar a fazer pesquisas desde que respeitem as leis e estejam em sincronia, eu acho, com a administração e com o que a administração está tentando realizar.” (
“Universities should continue to be able to do research as long as they’re abiding by the laws and in sync, I think, with the administration and what the administration is trying to accomplish.”
(“As universidades devem continuar a fazer pesquisas desde que respeitem as leis e estejam em sincronia, eu acho, com a administração e com o que a administração está tentando realizar.”)— Linda McMahon, Secretária de Educação, EUA
) Esse tipo de discurso levanta preocupações quanto à liberdade acadêmica e à natureza das pesquisas que poderiam ser incentivadas ou, contrariamente, censuradas pela administração.
Repercussão e aplicações
A postura da administração Trump não é isolada; houve também pressão sobre a Columbia University, que se viu obrigada a realizar alterações em suas políticas internas para garantir a continuidade do financiamento federal. O impacto é amplo, resultando numa redução de mais de US$ 1,5 bilhão em fundos de pesquisa para instituições ao redor do país, o que põe em risco projetos significativos e futuros acadêmicos. O presidente de Harvard, Alan Garber, defendeu a resistência a essas pressões, afirmando: “Precisamos ser firmes em nossos compromissos sobre o que defendemos.” (
“Precisamos ser firmes em nossos compromissos sobre o que defendemos.”
(“I would say that we need to be firm in our commitments to what we stand for.”)— Alan Garber, Presidente de Harvard
) A recusa em se submeter a essas pressões exemplifica a resistência de algumas instituições frente a um panorama acadêmico que se torna cada vez mais hostil.
As consequências desses conflitos e da política federal vão além do financiamento; influenciam também o clima intelectual das universidades e podem moldar as direções de futuras pesquisas. À medida que as instituições tentam navegar por esse ambiente desafiador, observa-se uma crescente conscientização sobre a importância da autonomia acadêmica.
O cenário atual sugere que as instituições de ensino superior devem se preparar para um futuro incerto, onde sua capacidade de conduzir pesquisas independentes pode depender da disposição em alinhar-se com diretrizes governamentais que não necessariamente refletem seus valores institucionais.
Fonte: (Gizmodo – Cultura Tech & Geek)