
São Paulo — InkDesign News — A Comissão Europeia solicitou esclarecimentos aos Estados Unidos após a recomendação do presidente norte-americano, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre produtos da União Europeia, prevista para entrar em vigor em 1º de junho.
Panorama econômico
Recentemente, as tensões comerciais entre os EUA e a União Europeia se intensificaram num contexto global de incertezas econômicas e políticas. O impacto das tarifas já é visível em várias frentes, com os principais índices de ações em queda e o dólar perdendo força em relação a outras moedas. As tarifas discutidas, se implementadas, poderiam aprofundar as divergências comerciais e afetar não apenas os mercados, mas também a recuperação econômica que ambos os blocos buscam após a pandemia.
Indicadores e análises
A ameaça tarifária proposta por Trump ocorre num momento em que os EUA apresentam um déficit comercial significativo com a União Europeia, estimado em cerca de 200 bilhões de euros (US$ 226,48 bilhões) no último ano. O economista-chefe da Berenberg, Holger Schmieding, sugeriu que qualquer ação unilateral por parte dos EUA prejudicaria as economias americana e europeia. “Com Trump, nunca se sabe, mas isso seria uma grande escalada”, afirmou Schmieding.
“A União Europeia e os Estados Unidos estão negociando, e o fato de vermos algumas declarações importantes no domínio público não significa que elas se traduzirão em ações do governo dos EUA”,
(“The European Union and the United States are negotiating, and the fact that we see some important public statements does not mean they will translate into actions from the U.S. government.”)— Michal Baranowski, Vice-ministro da Economia da Polônia
Impactos e previsões
As previsões para a Europa sugerem que a implementação de uma tarifa tão alta traria risco de recessão, segundo o economista Robert Sockin, do Citigroup. A resistência da União Europeia em aceitar medidas unilaterais reflete a necessidade de um acordo bilateral que beneficie ambos os lados. Laurent Saint-Martin, ministro do Comércio francês, comentou sobre a pressão das novas ameaças de Trump nas negociações: “Estamos mantendo a mesma linha: redução da tensão, mas estamos prontos para responder”.
“Estamos prontos para responder.”
(“We are ready to respond.”)— Laurent Saint-Martin, Ministro do Comércio da França
À medida que as negociações progridem, o impacto potencial sobre a indústria e os consumidores deve ser monitorado de perto. Com vivas discussões sobre tarifas futuras e a oferta de um acordo mútuo, os próximos passos podem definir a trajetória econômica entre os dois blocos.
Fonte: (CNN Brasil – Economia)