
São Paulo — InkDesign News — Com a crescente digitalização e a necessidade de segurança aprimorada nos transportes aéreos, a implementação do Real ID como exigência para voos domésticos nos Estados Unidos representa uma transformação significativa no cenário tech de identificação governamental e controles de acesso. Esse marco, que entra em vigor a partir de 7 de maio, impõe novos padrões de compliance para viajantes e estimula debates técnicos e sociais em torno das tecnologias de autenticação de identidade.
Contexto e lançamento
O Real ID é uma resposta a iniciativas federais iniciadas em 2005, visando padronizar e incrementar a segurança de documentos emitidos pelos estados americanos para fins de acesso a áreas controladas, como aeroportos. Após sucessivos adiamentos, o prazo final para a adaptação entrou em vigor em maio de 2025, obrigando passageiros domésticos a portarem uma identificação compatível ou equivalente, sob risco de sofrer atrasos ou até mesmo impedimento no embarque.
“Passengers who present a state-issued identification that is not REAL ID compliant and who do not have another acceptable alternative (e.g., passport) can expect to face delays, additional screening and the possibility of not being permitted into the security checkpoint,”
(“Passageiros que apresentarem uma identificação estadual não compatível com o REAL ID e que não dispuserem de outra alternativa aceitável (ex.: passaporte) podem enfrentar atrasos, inspeção adicional e a possibilidade de não serem autorizados a acessar o ponto de checagem de segurança.”)
“Passengers who present a state-issued identification that is not REAL ID compliant and who do not have another acceptable alternative (e.g., passport) can expect to face delays, additional screening and the possibility of not being permitted into the security checkpoint,”
(“Passageiros que apresentarem uma identificação estadual não compatível com o REAL ID e que não dispuserem de outra alternativa aceitável (ex.: passaporte) podem enfrentar atrasos, inspeção adicional e a possibilidade de não serem autorizados a acessar o ponto de checagem de segurança.”)— Daniel D. Velez, Porta-voz da TSA
Design e especificações
O Real ID é identificado visualmente nas carteiras de motorista por um pequeno símbolo de estrela no canto superior direito, que pode variar levemente entre estados — como o exemplo da Califórnia, onde a estrela está inserida em um desenho de urso dourado. Essa padronização técnica abrange metodologias uniformes para autenticação de documentos, exigindo comprovações robustas como certidão de nascimento, cartão de segurança social e comprovante de residência para emissão.
A lista completa de documentos aceitos pela Transportation Security Administration (TSA) inclui, além do Real ID, passaportes americanos, cartões de passaporte, cartões de viajante confiáveis (Global Entry, NEXUS, SENTRI, FAST), cartões de identificação militar, residência permanente, e credenciais emitidas por nações indígenas reconhecidas federalmente, entre outros.
Repercussão e aplicações
O impacto cultural da adoção do Real ID é multifacetado. Por um lado, representa avanço na segurança nacional e operacional nos aeroportos, reduzindo fraudes e aumentando a confiabilidade dos processos de verificação. Por outro, alimenta discussões sobre privacidade, burocracia e a acessibilidade das populações para obter esses documentos. Passageiros sem Real ID devem chegar ao aeroporto com até três horas de antecedência para verificações extras, o que pode alterar rotinas e demandar maior planejamento nas viagens.
“If they do not have any acceptable ID, we strongly suggest they arrive to the airport 3 hours prior to their departure time,”
(“Se não tiverem nenhuma identificação aceitável, recomendamos fortemente que cheguem ao aeroporto 3 horas antes do horário de partida.”)
“If they do not have any acceptable ID, we strongly suggest they arrive to the airport 3 hours prior to their departure time,”
(“Se não tiverem nenhuma identificação aceitável, recomendamos fortemente que cheguem ao aeroporto 3 horas antes do horário de partida.”)— Daniel D. Velez, Porta-voz da TSA
Além disso, o Real ID se insere num contexto maior de transformação digital na segurança pública, em que ferramentas biometricamente assistidas e a padronização federativa têm papel central. No entanto, o tema também foi alvo de teorias conspiratórias e resistências culturais, notadamente por grupos céticos quanto à integração e controle promovidos pelo governo central.
Perspectivas futuras indicam que a tecnologia de identificação continuará a evoluir, incorporando abordagens digitais e, possivelmente, verificações biométricas mais avançadas. Isso tende a facilitar processos para usuários frequentes e reforçar a segurança sem comprometer a eficiência operacional.
Para mais informações sobre temas relacionados, acesse Cultura Tech & Geek e Gizmodo.
Fonte: (Gizmodo – Cultura Tech & Geek)