Trump corta funding da Scientific American e impacta cultura científica

São Paulo — InkDesign News — Em um movimento que promete abalar o cenário editorial científico, a administração Trump decidiu encerrar contratos com a Springer Nature, editora de renomadas publicações, incluindo a Scientific American e várias revistas da portfolio Nature.
Contexto e lançamento
A decisão, conforme reportado pela Axios, cancelou milhões de dólares em financiamentos que apoiavam a assinatura e acesso a esse vasto acervo de pesquisas e estudos. Com 19 contratos ativos com agências federais nos EUA, a Springer Nature estava a fornecer uma vasta gama de publicações científicas essenciais. A medida ocorre em um contexto mais amplo de aparente censura à pesquisa considerada “partidária”, que, segundo a administração, promove um tipo de ciência “woke”, incluindo a aceitação da mudança climática e a existência de identidades trans.
Design e especificações
A Springer Nature é conhecida por sua vasta coleção de periódicos revisados por pares, com um fluxo constante de novas pesquisas. Seu portfólio inclui publicações altamente respeitadas que adotam rigorosos padrões de revisão por pares. Embora a editoria tenha sido criticada por sua relação com informações censuradas na China e por uma série de retratações nos últimos anos, seu papel na disseminação do conhecimento científico é inegável. A empresa, até o momento, não fez comentários oficiais sobre os cortes, mas as implicações para seus contratos federais são significativas.
Repercussão e aplicações
O impacto dessas ações é profundo, levando a um potencial enfraquecimento do acesso à pesquisa científica em instituições governamentais e, consequentemente, na sociedade. A administração havia anteriormente insinuado que a Springer estava envolvida em práticas editoriais questionáveis, sendo acusada de “censura sob a direção do Partido Comunista Chinês”. A comunidade científica agora enfrenta um clima de incerteza, com as palavras de autoridades governamentais causando um efeito intimidador nos editores e pesquisadores.
A crítica à Springer por publicar pesquisas legítimas que não se alinham às posições da administração é uma razão preocupante para cortar o acesso à informação.
(“Attacking Springer for publishing legitimate research that doesn’t match the preferred positions of the administration is a pretty terrible reason to cut off access to the information.”)— Gizmodo
A insatisfação com a atitude do governo se reflete em diversas cartas enviadas a periódicos médicos e científicos, que denunciam uma suposta pressão para silenciar pesquisas que contrariam a narrativa oficial. Essa dinâmica estabelece um paralelo inquietante com estratégias de controle de informação e censura observadas em regimes mais autoritários.
O efeito intimidador que essas ameaças têm sobre as publicações pode ser tão impactante quanto qualquer ação legal.
(“any legal challenge from the government would surely be drawn out and expensive.”)— Gizmodo
À medida que o debate sobre a liberdade acadêmica e a integridade da pesquisa científica se intensifica, o futuro da ciência publicada e financiada pelo governo nos EUA permanece incerto. A espera agora recai sobre como essas mudanças afetarão não apenas os pesquisadores, mas também o acesso à informação científica por parte do público.
Fonte: Gizmodo – Cultura Tech & Geek