Trump anuncia primeiro acordo comercial com impacto no mercado nesta quinta (8)

Londres — InkDesign News — Donald Trump anunciou uma entrevista coletiva para esta quinta-feira (8), às 11h (horário de Brasília), onde planeja revelar o primeiro acordo comercial fechado pelos Estados Unidos, desta vez com o Reino Unido. O anúncio ocorre em um contexto global sensível, com inflação, juros e políticas comerciais em foco.
Panorama econômico
O cenário global permanece marcado por tensões comerciais e decisões cruciais de política monetária. Enquanto Trump se prepara para firmar um acordo com o Reino Unido, negociadores americanos e chineses permanecem em alerta para as próximas rodadas de diálogo, que ocorrerão no fim de semana na Suíça. Paralelamente, o Federal Reserve (Fed) dos EUA decidiu manter as taxas de juros estáveis, com Jerome Powell reforçando a necessidade de prudência antes de qualquer ajuste monetário.
As tensões comerciais com a China continuam sem sinais claros de resolução, especialmente diante das tarifas de até 145% impostas pelos EUA, que Trump recusou-se a reduzir, contrariando os apelos chineses. Esse cenário complexifica ainda mais as relações comerciais entre as duas maiores economias do mundo.
Indicadores e análises
As exportações brasileiras para os Estados Unidos cresceram no primeiro mês após a implementação das tarifas estabelecidas por Trump, evidenciando um movimento de adaptação dos mercados ao novo cenário tarifário. Ainda que o Fed opte por manter a taxa básica de juros inalterada, os mercados avaliam cuidadosamente os impactos desses juros elevados, os maiores dos últimos 20 anos, sobre a inflação e a atividade econômica.
Jerome Powell, presidente do Fed, declarou que “não há pressa para cortar os juros nos Estados Unidos”, ressaltando “a autonomia da instituição” e abrindo espaço para apostas na força do dólar.
“não há pressa para cortar os juros nos Estados Unidos”
(“there is no hurry to cut interest rates in the United States”)— Jerome Powell, presidente do Federal Reserve
Por outro lado, Donald Trump criticou as decisões do Fed, qualificando Powell como “tolo sem noção” e argumentando que “praticamente não há mais inflação nos Estados Unidos”.
“tolo sem noção” e argumentando que “praticamente não há mais inflação nos Estados Unidos”
(“fool without a clue” and arguing that “there is practically no more inflation in the United States”)— Donald Trump, ex-presidente dos EUA
Impactos e previsões
O acordo comercial com o Reino Unido, cuja divulgação é ansiosamente aguardada pelo mercado, poderá servir como uma referência para a política tarifária norte-americana nos próximos meses. Esse marco representa um possível desdobramento para o comércio bilateral em meio a um contexto global de disputas tarifárias e políticas monetárias restritivas.
Especialistas indicam que as decisões tomadas pelo Fed e as negociações comerciais terão impacto direto sobre a indústria, os consumidores e a dinâmica do comércio internacional. A manutenção dos juros elevados pode conter pressões inflacionárias, mas também pode reduzir os investimentos e o consumo.
O mercado permanece atento às próximas movimentações de Trump, às negociações com a China e às futuras decisões do Fed sobre a política monetária dos Estados Unidos, elementos que definirão os rumos econômicos globais nos próximos meses.
Fonte: (CNN Brasil – Economia)