Treinamento em cibersegurança aumenta combate a ransomware na África

São Paulo — InkDesign News — A crescente onda de crimes cibernéticos na África tem gerado uma colaboração entre organizações locais e instituições educacionais internacionais para capacitar jovens em habilidades de cibersegurança, visando fortalecer a segurança digital e impulsionar as economias africanas.
Vetor de ataque
As tentativas de invasão e ataques cibernéticos na África aumentaram 23% em 2023, em comparação ao ano anterior, conforme relatórios da Interpol. Este aumento no número de incidentes revela uma lacuna significativa nas habilidades de cibersegurança nas organizações da região. Assane Gueye, co-diretor da CMU-Africa, observa que “temos mais estudantes interessados na área hoje, mas a escassez é gritante” (
“nós temos mais estudantes interessados na área hoje, mas a escassez é gritante”
(“We have more students interested in the field today, but the shortage is stark and likely to be worse as digitization takes place.”)— Assane Gueye, Co-diretor, CMU-Africa
).
Impacto e resposta
Os ataques cibernéticos são considerados uma das principais ameaças econômicas, causando prejuízos estimados em $3,5 bilhões anuais. A falta de profissionais capacitados em cibersegurança contribui para uma vulnerabilidade cada vez maior. Em resposta, a Iniciativa Tech4Peace da UNDP expandiu seu programa para treinar 500 estudantes em habilidades técnicas de cibersegurança na África Ocidental e Central.
Além disso, iniciativas como o picoCTF da Carnegie Mellon University resultaram na formação de mais de 1.700 jovens ciberprofissionais de 13 países, enfatizando a importância da integração entre programação e cibersegurança.
Análise e recomendações
A estratégia deve englobar o treinamento não apenas de jovens, mas também de adultos e professores, criando uma base sólida de conhecimento em cibersegurança em todos os níveis educacionais. Martin Koyabe, do GFCE África, destacou que “é não só sobre desenvolver habilidades, mas sobre construir confiança e oferecer oportunidades contínuas de qualificação” (
“é não só sobre desenvolver habilidades, mas sobre construir confiança e oferecer oportunidades contínuas de qualificação”
(“It’s not just about developing skills, but about building trust and providing continuous upskilling opportunities.”)— Martin Koyabe, Gerente sênior, GFCE África
).
As organizações devem investir na formação de suas equipes com simulações de phishing e exercícios de resposta a incidentes, formando assim uma cultura corporativa consciente e preparada para lidar com ameaças cibernéticas.
Com o aumento contínuo de crimes cibernéticos, as previsões para o setor de cibersegurança na África apontam para a necessidade de investimentos substanciais em formação e infraestrutura, se quisermos mitigar os riscos e melhorar a segurança em um mundo cada vez mais digital.
Fonte: (Dark Reading – Segurança Cibernética)