
São Paulo — InkDesign News — A família Dubrule, fundadora da Tok&Stok, retirou a oferta pública voluntária para aquisição (OPA) da Mobly na noite de segunda-feira (12), encerrando a disputa pelo controle do grupo de móveis e decorações.
Panorama econômico
O cenário econômico brasileiro sofre influência de fatores globais, como flutuações nas taxas de juros e a instabilidade nos mercados internacionais. A decisão dos Dubrule em retrair a OPA surge em meio a um mercado que reage cautelosamente às novas governanças corporativas e estratégias de aquisição, com a Mobly, que recentemente alterou seu nome para Toky, enfrentando desafios operacionais significativos.
Indicadores e análises
O interesse pela Mobly foi demonstrado quando os Dubrule ofereceram R$ 0,68 por ação, um valor 51% inferior ao preço das ações dias antes da proposta. A resposta da companhia foi a rejeição imediata, promovendo uma articulação entre os acionistas para que a oferta não fosse aceita, especialmente devido à preservação de uma cláusula estatutária essencial para o andamento do negócio. “Os ofertantes ressaltam que, embora as medidas temerárias adotadas pelos administradores […] tenham atingido os fins por eles pretendidos, esse comportamento reforçou para os ofertantes a necessidade de buscarem alternativas”, afirmaram os Dubrule na carta enviada à Toky.
Impactos e previsões
As consequências da retirada da OPA apontam para uma instabilidade ainda maior na gestão da Toky. A companhia, que reportou um prejuízo de R$ 169 milhões no último ano, poderá se deparar com novas dificuldades financeiras, enquanto seus papéis, atualmente cotados a R$ 0,98, apresentam uma queda de 37,58% ao longo do ano. Especialistas alertam que, sem uma reestruturação eficaz ou a substituição da atual administração, a Mobly corre o risco de insolvência. “Houve uma queima de caixa e a Tok&Stok perderia sua assinatura de decoração com design e exclusividade”, expressou a família Dubrule sobre a transação anterior com a Carlyle.
Frente a este panorama, ficará evidente a necessidade de novas estratégias para estabilizar a operação da Toky e atender às demandas de seus acionistas e do mercado. A expectativa é que a família Dubrule busque alternativas que possam reverter a situação atual da empresa.
Fonte: (CNN Brasil – Economia)