
São Paulo — InkDesign News — A pesquisa em inteligência artificial (IA) para exploração espacial avança com destaque na USRA, a Associação de Pesquisa Universitária para Astronomia, que desenvolve novas fronteiras em robótica, robôs autônomos e tecnologia quântica. Em entrevista com o Dr. David Bell, diretor do Instituto de Ciência da Computação Avançada da USRA (RIACS), são eluciadas as diferenças entre IA atual, agentes autônomos e IA com poder quântico, com amplo potencial para revolucionar a exploração e desenvolvimento espacial nos próximos anos.
Detalhes da missão
O Instituto RIACS está na vanguarda da aplicação de IA para missões espaciais que envolvem robôs e rovers autônomos. O foco atual é desenvolver sistemas que possam operar de maneira independente em ambientes hostis, como a superfície lunar e Marte, dispensando comunicação constante com o centro de comando na Terra devido à latência. As missões incluem modelos de navegação autônoma para rovers que exploram terrenos complexos e a experimentação com algoritmos de aprendizado que aumentam a tomada de decisão em tempo real. A entrevista foi gravada recentemente para o programa “This Week in Space”, disponível on-line.
Tecnologia e objetivos
A pesquisa destaca três níveis de IA: a atual, com funções bem definidas; a agentic AI, que opera com autonomia e adaptabilidade avançada; e a IA quântica, que promete acelerar processos com uso de computação quântica, ainda em desenvolvimento experimental. O objetivo principal é utilizar essas tecnologias para permitir a exploração espacial mais eficiente, reduzindo a dependência de operadores humanos e possibilitando a análise de dados complexos in loco, o que inclui o reconhecimento de amostras e a execução de tarefas específicas para avanços científicos diretos.
“Agentic AI is about systems capable of autonomous decision-making, adapting to unexpected situations and learning from their environment.”
(“A IA agentic é sobre sistemas capazes de tomada de decisão autônoma, adaptando-se a situações inesperadas e aprendendo com seu ambiente.”)— Dr. David Bell, Diretor do RIACS, USRA
Próximos passos
Os próximos planos do RIACS envolvem a integração mais profunda da IA quântica com as missões espaciais autônomas, além da expansão das colaborações com agências espaciais internacionais e empresas privadas. Existe a ambição de implementar essas tecnologias em futuros rovers lunares e marcianos, contribuindo para missões de longo prazo e para o desenvolvimento de bases extraterrestres. Paralelamente, estudam-se implicações éticas e de segurança para o uso de agentes inteligentes em cenários espaciais extremos.
“The future of space exploration depends heavily on our ability to leverage autonomous systems that can operate independently and efficiently.”
(“O futuro da exploração espacial depende fortemente da nossa capacidade de aproveitar sistemas autônomos que podem operar de forma independente e eficiente.”)— Dr. David Bell, Diretor do RIACS, USRA
Os avanços nas tecnologias de IA para exploração espacial representam um marco na capacidade humana de expandir sua presença no cosmos, abrindo caminho para operações complexas e sustentáveis em ambientes remotos, ao mesmo tempo em que ampliam o conhecimento sobre os sistemas planetários e as condições ambientais extraplanetárias.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)