
São Paulo — InkDesign News — A União pagou R$ 820,78 milhões em dívidas atrasadas de estados e municípios em abril de 2025, conforme relatório do Tesouro Nacional, totalizando R$ 3,32 bilhões em débitos honrados este ano. Este cenário levanta questionamentos sobre a saúde fiscal dos entes federados.
Panorama econômico
Recentemente, a situação fiscal no Brasil tem gerado novas discussões sobre a inflação e as taxas de juros. O governo federal, ao honrar dívidas, demonstra uma estratégia de estabilização econômica, embora a dependência de garantias traga à tona preocupações sobre a sustentabilidade fiscal. Em um contexto global, onde diversos países enfrentam desafios semelhantes, as decisões do Tesouro Nacional visam evitar uma crise de liquidez nos estados, enfraquecendo ainda mais sua capacidade de gerir a dívida pública.
Indicadores e análises
Os R$ 3,32 bilhões honrados em 2025 revelam uma concentração significativa nas dívidas de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, que corresponderam a R$ 1,52 bilhão e R$ 884,6 milhões, respectivamente. O impacto dos juros, mora e encargos contratuais também não pode ser ignorado, uma vez que estão diretamente atrelados aos valores que a União arcou. Desde 2016, acumulam-se R$ 78,76 bilhões em dívidas garantidas, com R$ 5,78 bilhões já recuperados em contragarantias.
A União “compensa os calotes, mas desconta o valor coberto de repasses federais ordinários”
(“The Union compensates defaults, but deducts the covered value from ordinary federal transfers.”)— Nome, Cargo, Instituição
Impactos e previsões
O efeito dominante das ajudas federais é melhorar a liquidez dos estados, mas a intervenção do Tesouro Nacional gera um debate sobre a responsabilidade fiscal. Segundo especialistas, a confiabilidade do mercado sobre a capacidade de pagamento dos estados poderá se questionar se essa dependência persistir. A recuperação de garantias, embora promissora, também pode levar a uma contração no crédito disponível, uma vez que estados em recuperação fiscal enfrentam restrições em novas contratações.
“Obsessão por equilíbrio fiscal pode ser prejudicial em períodos de crise”
(“An obsession with fiscal balance may be detrimental in times of crisis.”)— Nome, Cargo, Instituição
Os próximos meses exigirão acompanhamentos rigorosos da política fiscal, e medidas adicionais poderão ser implementadas para garantir a estabilidade econômica dos entes federados diante das pressões orçamentárias. O modelo adotado pelo Tesouro Nacional poderá influenciar a abordagem de futuras crises financeiras estaduais.
Fonte: (CNN Brasil – Economia)