
São Paulo — InkDesign News — A Tesla, um dos principais nomes em energia renovável e sustentabilidade, está enfrentando a possibilidade de cortes significativos em incentivos fiscais, que podem impactar diretamente sua divisão de energia, responsável por um crescimento de 67% em receita.
Tecnologia renovável
A divisão de energia da Tesla, que gerou US$ 2,7 bilhões no primeiro trimestre, depende fortemente de incentivos governamentais. Atualmente, proprietários de casas podem se beneficiar de créditos fiscais de 30% em novas instalações solares. Contudo, a recente proposta da Câmara dos Representantes, que visa revogar partes da Lei de Redução da Inflação, ameaça a continuidade desses créditos. Se aprovada pelo Senado, tal medida poderá prejudicar a distribuição de energia renovável nos Estados Unidos.
“Encerrar abruptamente os créditos fiscais para energia ameaçaria a independência energética da América e a confiabilidade de nossa rede – instamos o Senado a legislar com um encerramento sensato do 25D e do 48e.”
(“Abruptly ending the energy tax credits would threaten America’s energy independence and the reliability of our grid – we urge the senate to enact legislation with a sensible wind down of 25D and 48e.”)— Tesla Energy
Redução de CO₂
Os impactos da legislação proposta são alarmantes. Os cortes nos créditos fiscais poderiam resultar na redução de 60 gigawatts de capacidade anualmente, comprometendo não apenas a geração de energia limpa, mas também a meta do governo de substituir fontes fósseis por alternativas sustentáveis. Em 2022, 93% da nova capacidade gerada nos EUA foi de energia limpa, principalmente solar e armazenamento em rede, conforme um relatório da ACP.
“Cortar essas partes da lei poderia arriscar a implantação de 60 gigawatts de capacidade anualmente para apoiar o IA e o suporte à manufatura doméstica.”
(“Cutting those parts of the law could risk the deployment of 60 gigawatts of capacity annually to support AI and domestic manufacturing support.”)— Tesla Energy
Casos de uso
A dependência da Tesla em incentivos fiscais é semelhante à de muitos instaladores solares residenciais. A desvalorização das ações de empresas de energia solar mostra o impacto direto de políticas desfavoráveis. Por exemplo, a Enphase caiu 45%, enquanto a SunRun perdeu um quarto de seu valor de mercado. Isso demonstra a vulnerabilidade do setor diante de mudanças políticas.
As alterações propostas por legisladores podem atrasar a transição para uma economia de carbono-zero, refletindo em investimentos futuros na infraestrutura de energia renovável. Portanto, a continuidade dos incentivos fiscais é crucial na luta contra as mudanças climáticas e para a promoção de um futuro mais sustentável.
Fonte: (TechCrunch – Climate / GreenTech)