Terapia com ChatGPT: como a inteligência artificial influencia clientes

São Paulo — InkDesign News — O uso de inteligência artificial na terapia tem sido um tema controverso, especialmente com a recente revelação de que alguns terapeutas estão utilizando modelos de AI em suas práticas sem a devida transparência. A questão levanta preocupações sobre a ética e a confiança na relação terapeuta-paciente.
Contexto da pesquisa
A utilização de inteligência artificial na saúde mental está ganhando espaço, com a expectativa de que esses sistemas possam oferecer suporte terapêutico. Um exemplo recente é o primeiro ensaio clínico de um bot de AI desenvolvido especificamente para terapia, cujos resultados foram encorajadores. Entretanto, a aplicação clandestina de ferramentas de AI não validadas por terapeutas levanta sérios questionamentos éticos. Laurie Clarke, autora do artigo no MIT Technology Review, destaca que a falta de informação dos pacientes sobre o uso de AI por seus terapeutas pode corroer a confiança estabelecida.
Método e resultados
No estudo mencionado, algoritmos de machine learning, como o GPT-4, foram empregados em um ambiente controlado, focando no tratamento de depressão. Os dados utilizados para treinar esses modelos incluíram transcrições de sessões terapêuticas e feedback de pacientes, permitindo uma análise detalhada da eficácia do bot. Os benchmarks aplicados revelaram uma melhora significativa na satisfação dos pacientes com o suporte oferecido pela AI.
Implicações e próximos passos
A adoção de ferramentas de AI na terapia propõe uma série de desafios éticos. “Se não, isso levanta todas essas questões desconfortáveis para os pacientes quando é descoberto e corre o risco de danificar irrevogavelmente a confiança que foi construída”, opina Clarke sobre a responsabilidade dos terapeutas em divulgar o uso de AI nas sessões.
Se não, isso levanta todas essas questões desconfortáveis para os pacientes quando é descoberto e corre o risco de danificar irrevogavelmente a confiança que foi construída.
(“If they don’t, it raises all these really uncomfortable questions for patients when it’s uncovered and risks irrevocably damaging the trust that’s been built.”)— Laurie Clarke, Autora
Embora o uso de AI na terapia possa ser promissor, é fundamental estabelecer diretrizes claras para a sua aplicação, assegurando que os pacientes estejam cientes e confortáveis com as ferramentas utilizadas em seus tratamentos. O futuro exige um equilíbrio cuidadoso entre inovação tecnológica e considerações éticas.
Fonte: (MIT Technology Review – Artificial Intelligence)