
São Paulo — InkDesign News — Astrônomos descobriram um lote de nove novos anões marrons, conhecidos como “estrelas falhadas”, incluindo os dois menores exemplos já observados. Esta descoberta tem o potencial de redefinir as linhas divisórias de massa entre grandes planetas e pequenos anões marrons, bem como entre grandes anões marrons e pequenas estrelas.
Detalhes da missão
A equipe, liderada por Kevin Luhman da Universidade Estadual da Pensilvânia, encontrou os novos anões marrons em IC 348, um aglomerado estelar em formação situado a cerca de 1.000 anos-luz da Terra. Os anões marrons identificados têm massas em torno do dobro da massa de Júpiter, expandindo o limite considerado para a categoria de 13 a 60 vezes a massa de Júpiter, ou 0,013 a 0,08 vezes a massa do Sol. Luhman comentou:
“Os novos anões marrons são os menos massivos conhecidos.”
(“The new brown dwarfs are the least massive known brown dwarfs.”)— Kevin Luhman, Pesquisador Principal, Universidade Estadual da Pensilvânia
Tecnologia e objetivos
O impacto desta pesquisa se deve em grande parte ao Telescópio Espacial James Webb (JWST), que, graças à sua sensibilidade em longas ondas infravermelhas, permitiu a detecção das características químicas desses objetos. Além de identificar anões marrons, a equipe observou evidências de um disco de gás e poeira em um dos anões, sugerindo que pode haver material necessário para a formação de planetas. Luhman apontou que isso poderia indicar a existência de sistemas planetários em torno de estrelas com massas significativamente menores.
Próximos passos
Com as descobertas em mãos, a equipe planeja realizar novas espectroscopias com o JWST em resolução mais alta para definir melhor as espécies químicas detectadas. O próximo foco será entender a presença de um hidrocarboneto não identificado nos novos anões marrons e por que eles não apresentam metano, um hidrocarboneto comumente observado em anões marrons mais velhos. “Propostas estão sendo desenvolvidas para explicar a origem desse hidrocarboneto,” afirmou Luhman. Além disso, a equipe irá analisar os espectros de outros candidatos a anões marrons identificados, que podem ter massas ainda mais baixas.
Este avanço na pesquisa não apenas amplia nossa compreensão sobre os limites de massa de anões marrons, mas também potencialmente transforma a narrativa sobre a formação de planetas e a evolução estelar em baixas massas.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)