
Brasília — InkDesign News — O uso crescente de motocicletas no Brasil tem se intensificado, especialmente desde a pandemia, trazendo à tona preocupações sobre segurança e saúde, uma vez que o país registra elevados índices de acidentes envolvendo esses veículos.
Contexto e objetivos
O aumento na frota de motocicletas no Brasil, que já supera 29 milhões de unidades, está intimamente ligado à deficiência do transporte público e à busca por alternativas mais ágeis de mobilidade. No entanto, essa expansão tem se refletido em uma escalada alarmante nos índices de acidentes, onde uma em cada três vítimas no trânsito é motociclista. Assim, este artigo tem como objetivo discutir as melhores práticas de segurança para motoristas e passageiros, buscando reduzir a taxa de acidentes e internações hospitalares.
Metodologia e resultados
O Ministério da Saúde reporta que entre 2010 e 2023, 1,4 milhão de motociclistas foram internados devido a acidentes, representando 57,2% de todas as internações relacionadas a lesões de trânsito. As diretrizes para uma condução segura incluem o uso obrigatório de capacetes adequados, a proibição do uso de celulares durante a pilotagem e a obediência aos limites de velocidade. Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas),
o uso correto de capacetes pode reduzir em até 42% o risco de mortes e 69% o risco de lesões graves
(“correct helmet use can reduce the risk of death by up to 42% and severe injury by 69%”)— Organização Pan-Americana da Saúde
. Além disso, conduzir sob o efeito de álcool ou drogas é classificado como crime segundo o Código de Trânsito Brasileiro, aumentando significativamente o risco para todos os envolvidos.
Implicações para a saúde pública
A crescente quantidade de motocicletas nas ruas brasileiras exige uma resposta robusta de políticas públicas para garantir a segurança dos motociclistas. Estratégias incluem campanhas de conscientização sobre os riscos envolvidos e ações de fiscalização para assegurar que os condutores sigam as regras estabelecidas. O impacto na saúde pública é considerável, dado que os acidentes com motocicletas não apenas geram um elevado número de internações, mas também sobrecarregam o sistema de saúde. A Opas afirma que
cada aumento de 1% na velocidade média gera um aumento de 4% no risco de sinistros fatais no trânsito
(“each 1% increase in average speed results in a 4% increase in the risk of fatal traffic accidents”)— Organização Pan-Americana da Saúde
.
Em suma, é imprescindível priorizar a implementação de recomendações de segurança e promover uma cultura de responsabilidade entre motociclistas e usuários do trânsito em geral. Com isso, espera-se uma diminuição nas taxas de acidentes e um impacto positivo na saúde pública no Brasil.
Fonte: (Agência Brasil – Saúde)