
Brasília — InkDesign News —
A partir desta segunda-feira (1º), os planos de saúde no Brasil são obrigados a incluir o implante subdérmico contraceptivo Implanon em suas coberturas. A medida, que abrange mulheres de 18 a 49 anos, busca ampliar o acesso aos métodos contraceptivos como forma de prevenir a gravidez não planejada.
Contexto e objetivos
A introdução obrigatória do Implanon nos planos de saúde responde a uma necessidade crescente de contracepção eficaz entre mulheres em idade fértil. De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a medida foi decidida em uma reunião colegiada em agosto e objetiva oferecer alternativas seguras e de longa duração para o planejamento familiar. O público-alvo abrange mulheres de 18 a 49 anos, um grupo demográfico que frequentemente busca métodos contraceptivos acessíveis e de alta eficácia.
Metodologia e resultados
A ANS publicou uma diretriz em agosto, expandindo a cobertura dos planos de saúde para incluir o Implanon, que é um implante subdérmico e funciona por até três anos. O Ministério da Saúde já anunciou que disponibilizará o mesmo dispositivo pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com a meta de distribuir 1,8 milhão de implantes até 2026. “A implantação do Implanon é uma Estratégia Nacional que visa diminuir a mortalidade materna e assegurar escolha reprodutiva”, comenta um porta-voz do Ministério. Segundo estimativas, cerca de 500 mil dispositivos serão disponibilizados este ano.
Implicações para a saúde pública
A inclusão do Implanon tanto nos planos de saúde quanto no SUS representa um avanço significativo na saúde reprodutiva no Brasil. O método é considerado vantajoso em comparação a outras opções, como os contraceptivos orais, devido à sua eficácia e ao longo período de atuação sem necessidade de interferência. Além disso, o acessibilidade a contraceptivos contribui para a redução da mortalidade materna, impactando as taxas de saúde pública de forma positiva. O governo federal pretende reduzir em 25% a mortalidade materna geral e em 50% entre mulheres negras até 2027. “A implementação de métodos contraceptivos eficazes é fundamental para um planejamento familiar seguro”, afirma uma especialista em saúde pública.
O acesso ampliado ao Implanon poderá transformar a forma como as mulheres planejam suas famílias, oferecendo uma opção segura e eficiente. As políticas de incentivo e a distribuição em larga escala são passos cruciais para garantir que o benefício chegue a todas as mulheres que necessitam.
Fonte: (Agência Brasil – Saúde)