
Campos Limpos — InkDesign News — Uma criança de quatro anos e uma profissional de saúde de 29 anos, não vacinadas, testaram positivo para sarampo na cidade de Campos Limpos, Tocantins, conforme informado pela Secretaria de Estado da Saúde. A menina teve contato com pessoas que estiveram na Bolívia, onde há um surto da doença.
Contexto e objetivos
Os casos de sarampo registrados em Tocantins são uma preocupação crescente para as autoridades de saúde, tendo em vista a reemergência da doença em várias partes das Américas. O objetivo primário da Secretaria de Saúde é monitorar e controlar a disseminação do sarampo, estabelecendo estratégias de vacinação e prevenção no público que teve contato com os diagnosticados, especialmente em áreas de fronteira.
Metodologia e resultados
As amostras de sangue das duas pessoas infectadas foram enviadas para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no Rio de Janeiro para confirmação laboratorial. Até o momento, as infecções foram classificadas como casos sob investigação. Uma equipe técnica do Ministério da Saúde foi enviada para colaborar nas medidas de bloqueio, que incluem o isolamento e monitoramento de contatos. Dados apontam que, se confirmados, os casos elevam o total de infecções no Brasil para sete em 2023.
“Dentro das estratégias para a gente recertificar o Brasil como país livre de sarampo, uma das ações foi o reforço da vacinação em fronteiras. É de praxe que as fronteiras têm que ter uma atenção reforçada.”
(“Within the strategies to recertify Brazil as a measles-free country, one of the actions was the reinforcement of vaccination at borders. It is customary for borders to require enhanced attention.”)— Mônica Levi, Presidente, Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim)
Implicações para a saúde pública
O contexto epidemiológico atual ressalta a importância da vacinação como a principal estratégia de prevenção. Em 2022, o Brasil manteve uma cobertura vacinal de 91,74% para a primeira dose, mas apenas 72,74% completaram o esquema vacinal. A baixa adesão vacinal em Tocantins, onde 86% receberam a primeira dose e 55% completaram as doses, indica um cenário preocupante. Além disso, as atuais estatísticas globais sobre sarampo, com 7.132 casos nas Américas este ano, ressaltam a necessidade de ações coordenadas e reforçadas, especialmente nas áreas limítrofes.
“Não tem nenhum prejuízo, nenhuma questão de segurança. Se, por acaso, a pessoa já tiver tomado duas doses no passado, e acabar tomando mais uma, a única coisa que acontece é que os anticorpos que a pessoa já tem inativam o vírus da vacina e pronto.”
(“There is no harm, no safety issue. If a person has already had two doses in the past and ends up taking one more, the only thing that happens is that the antibodies the person already has will inactivate the vaccine virus, and that’s it.”)— Mônica Levi, Presidente, Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim)
O foco deve ser no aumento das taxas de vacinação para evitar a reemergência de surtos e garantir a saúde da população.
Fonte: (Agência Brasil – Saúde)