
Brasília — InkDesign News — O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou na última sexta-feira (30) a criação do programa Agora Tem Especialistas, que visa agilizar o atendimento a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) com médicos especializados, com foco particular no tratamento de câncer.
Contexto e objetivos
O Brasil enfrenta desafios significativos na disponibilização de atendimento especializado através do SUS, em especial nos casos de câncer. O programa Agora Tem Especialistas busca enfrentar essa realidade, implementando ações que incluem o credenciamento de instituições privadas e a ampliação dos horários de atendimento nas unidades públicas de saúde. O objetivo é garantir que todos os cidadãos tenham acesso a consultas especializadas em tempo adequado, com uma abordagem centrada na saúde integral.
Metodologia e resultados
O programa será composto por dez ações estratégicas que envolvem o investimento de R$ 2 bilhões anuais. Entre as principais ações, estão a contratação de serviços especializados, com foco em oncologia, ginecologia, cardiologia, ortopedia, oftalmologia e otorrinolaringologia. O plano inclui a introdução de um novo modelo de pagamento, maior que a tabela atual do SUS, e a colaboração do setor privado na oferta de serviços para sanar dívidas com a União. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou:
“É colocar a força, a escala, o tamanho do governo federal para a ajudar estados e municípios”
(“It is to put the strength, scale, size of the federal government to help states and municipalities.”)— Alexandre Padilha, Ministro da Saúde
Implicações para a saúde pública
Com a peça central do programa voltada à consolidação do cuidado oncológico, a expectativa é que, ao longo do tempo, a expansão dos serviços especializados possa aumentar a eficiência das unidades de saúde e reduzir o tempo de espera por atendimentos. Essa abordagem é crucial, visto que segundo o estudo Demografia Médica 2025, apenas 10% dos médicos especialistas atendem exclusivamente pelo SUS. O presidente ressalta:
“A doença não espera. Não é possível a gente ficar brincando com a sorte da pessoa”
(“The disease does not wait. It is not possible for us to play with the person’s luck.”)— Luiz Inácio Lula da Silva, Presidente da República
Para que o programa alcance suas metas, um acompanhamento contínuo e avaliações regulares serão essenciais. As estratégias de implementação devem considerar a desigualdade no acesso aos serviços de saúde e trabalhar para ampliar a cobertura, especialmente em regiões desassistidas. Com investimentos em tecnologia e infraestrutura, espera-se que cerca de 1,2 milhão de pacientes sejam beneficiados mensalmente. Essas medidas são um passo importante para a reforma do sistema de saúde no Brasil, visando um futuro mais inclusivo e saudável.
Fonte: (Agência Brasil – Saúde)