Supersonic flight libera novas possibilidades para gadgets de viagem

São Paulo — InkDesign News — Após mais de duas décadas, o futuro do voo supersônico começa a ser redesenhado, desta vez com promessas de inovação tecnológica e considerações ambientais. A reversão da proibição nos Estados Unidos abre um novo capítulo na aviação comercial.
Contexto e lançamento
O Concorde, icônico avião supersônico que operou até 2003, estabeleceu um padrão para viagens rápidas, com voos de Londres a Nova Iorque em cerca de três horas. Entretanto, a proibição de voos supersônicos sobre território americano, em vigor desde 1973, limitou a operação e desenvolvimento de aeronaves desse tipo. Recentemente, a administração do ex-presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva que revogou essa proibição.
Design e especificações
A Boom, empresa localizada no Colorado, está liderando o retorno ao voo supersônico com o modelo Boom Overture, cujo protótipo XB-1 foi projetado para voar a Mach 1.7 com capacidade para transportar entre 64 a 80 passageiros. “O Order instructs the FAA Administrator to establish a standard for supersonic aircraft noise certification that considers community acceptability, economic reasonableness, and technological feasibility” (“A ordem instrui o Administrador da FAA a estabelecer um padrão para certificação de ruído de aeronaves supersônicas que considere a aceitabilidade pela comunidade, razoabilidade econômica e viabilidade tecnológica.”)
Repercussão e aplicações
A reação ao levantamento da proibição foi majoritariamente positiva, especialmente por parte da Boom, que reportou interesse de grandes companhias aéreas. Contudo, a aviação supersônica enfrenta críticas relacionadas ao impacto ambiental, uma vez que modelos anteriores como o Concorde utilizavam combustível em volumes elevados. “Concorde burned through 22 tons of fuel per hour—twice as much as a Boeing 747” (“O Concorde consumia 22 toneladas de combustível por hora — duas vezes mais que um Boeing 747”). Para mitigar esses efeitos, a Boom afirma que suas aeronaves operarão com combustíveis alternativos sustentáveis.
Enquanto isso, a NASA desenvolve a aeronave X-59, que visa minimizar a intensidade do estrondo dos voos supersônicos, criando uma série de “thumps” ao invés de explosões sonoras no solo.
Embora a revogação da proibição represente um avanço significativo, o caminho para a implementação de voos comerciais supersônicos ainda está cheio de desafios técnicos e ambientais. Com o atual estado da inovação, o futuro do transporte aéreo poderá estar prestes a mudar.
Fonte: (Gizmodo – Cultura Tech & Geek)