- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
Política

STF provoca divergência entre governo e oposição sobre Ramagem

- Publicidade -
- Publicidade -

Brasília — InkDesign News — Na sexta-feira (9), o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para suspender parcialmente a ação penal contra o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), em meio a um contexto de tensão entre o Judiciário e o Congresso Nacional envolvendo imunidades parlamentares e ações penais vinculadas ao episódio de tentativa de golpe de Estado em 2022.

Contexto político

A Câmara dos Deputados aprovou, em 7 de março, um projeto de resolução que suspendia integralmente a ação penal que investiga a tentativa de golpe de Estado envolvendo Alexandre Ramagem e outros réus, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O projeto recebeu 315 votos favoráveis e teve como base o artigo 53 da Constituição Federal, que assegura imunidade penal e civil aos parlamentares por suas opiniões, palavras e votos. Conforme a norma, é possível sustar o andamento da ação penal sobre crimes praticados após a diplomação parlamentar, desde que haja iniciativa partidária e aprovação do plenário.

O Supremo, contudo, ao analisar o caso, decidiu que a suspensão da ação penal ocorreria apenas parcialmente, abrangendo dois dos cinco crimes pelos quais Ramagem foi denunciado — dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Os três crimes considerados mais graves — abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa — continuam em tramitação. O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, enfatizou os “requisitos de caráter personalíssimo (imunidade aplicável somente ao parlamentar) e temporal (crimes praticados após a diplomação)”, ressaltando a impossibilidade de extensão da imunidade penal para os corréus não parlamentares e crimes anteriores à diplomação.

Reações e debates

Na Câmara dos Deputados, lideranças da base governista e da oposição expressaram visões divergentes sobre a decisão do STF. Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do Partido dos Trabalhadores, saudou a Suprema Corte como “guardiã da Constituição” e classificou a medida aprovada pela Câmara como “uma aberração jurídica de natureza teratológica, por violar diretamente a decisão anterior da Primeira Turma, que limitou, com maioria formada, a possibilidade de sustação apenas ao parlamentar individualmente denunciado e apenas quanto a crimes praticados após sua diplomação.”

“A proposta de resolução aprovada [pela Câmara] caracteriza uma aberração jurídica de natureza teratológica, por violar diretamente a decisão anterior da Primeira Turma, que limitou, com maioria formada, a possibilidade de sustação apenas ao parlamentar individualmente denunciado e apenas quanto a crimes praticados após sua diplomação.”

— Lindbergh Farias, Líder do PT na Câmara dos Deputados

Lindbergh também pontuou o risco de persistência da oposição na “incitação à desobediência às decisões judiciais, na deslegitimação do Poder Judiciário e no incentivo à ruptura institucional”.

Já o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), externou “profunda preocupação” com a decisão do STF, defendendo que a suspensão aprovada pela Câmara foi resultado do voto de 315 parlamentares e destacando a legitimidade de Ramagem enquanto deputado federal eleito pela população.

“Nossa preocupação não se restringe ao fato de tratar-se de Alexandre Ramagem, membro do nosso partido, mas principalmente, ao fato de tratar-se de um legítimo deputado federal, representante eleito pela população.”

— Sóstenes Cavalcante, Líder do PL na Câmara dos Deputados

Desdobramentos e desafios

A controvérsia entre os poderes Legislativo e Judiciário sobre o alcance das imunidades parlamentares e limites à ação penal em casos de prisão e denúncia de deputados federais coloca em pauta desafios institucionais relevantes. Com a decisão do STF, os processos contra Ramagem prosseguem parcialmente, e a questão ganha dimensões constitucionais, indicando possível reavaliação de dispositivos legais e regulamentos internos do Congresso.

Para além do episódio isolado, a liderança do Executivo, aliados e oposição terão que navegar um cenário político e jurídico complexo, que poderá impactar a discussão de futuras pautas legislativas envolvendo o equilíbrio entre a prerrogativa do mandato eletivo e o enfrentamento da criminalidade no país.

O entendimento do Supremo limita ainda a aplicação de imunidades a parlamentares, afastando a suspensão de processos contra réus sem mandato, evidenciando um esforço em preservar o ordenamento jurídico e o sistema democrático.

Este episódio reforça o papel dos mecanismos de controle e fiscalização entre os poderes e sinaliza a necessidade de debates aprofundados para mitigar riscos institucionais e fortalecer as bases do Estado de Direito.

Para mais informações, veja outras notícias relacionadas em nossa seção Política.

Fonte: (CNN Brasil – Política)

- Publicidade -
- Publicidade -

Tiago F Santiago

Tiago F. Santiago é Analista de Marketing na C2HSolutions, onde, em sua atuação fixa, combina estratégia e tecnologia para impulsionar soluções digitais. Paralelamente, dedica-se como hobby à InkDesign News, contribuindo com a criação de notícias e conteúdos jornalísticos. Apaixonado por programação, ele projeta aplicações web e desenvolve sites sob medida, apoiando-se em sua sólida expertise em infraestrutura de nuvem — dominando Amazon Web Services, Microsoft Azure e Google Cloud — para garantir que cada projeto seja escalável, seguro e de alta performance. Sua versatilidade e experiência técnica permitem-lhe transformar ideias em produtos digitais inovadores.

Artigos relacionados

0 0 votos
Classificação do artigo
Inscrever-se
Notificar de
guest

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.

0 Comentários
Mais votado
mais recentes mais antigos
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários
- Publicidade -
Botão Voltar ao topo
0
Adoraria saber sua opinião, comente.x
Fechar

Adblock detectado

Olá! Percebemos que você está usando um bloqueador de anúncios. Para manter nosso conteúdo gratuito e de qualidade, contamos com a receita de publicidade.
Por favor, adicione o InkDesign News à lista de permissões do seu adblocker e recarregue a página.
Obrigado pelo seu apoio!