
Brasília — InkDesign News — Os ex-ministros Ciro Nogueira e Tarcísio de Freitas testemunharam na ação penal contra Jair Bolsonaro, afirmando desconhecer qualquer intento de golpe de Estado por parte do ex-presidente, cujas alegações estão sob análise do STF.
Contexto jurídico
A ação penal 2668, aberta após a aceitação parcial da denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR), investiga um suposto plano golpista orquestrado para manter Jair Bolsonaro no poder após sua derrota nas eleições de 2022. Em meio a audiências presididas pelo ministro Alexandre de Moraes, o caso envolve não apenas Bolsonaro, mas também assessores e ex-ministros, implicando diretamente figuras de destaque no atual cenário político brasileiro.
Argumentos e precedentes
Nesta sexta-feira, Tarcísio de Freitas, atual governador de São Paulo, deixou claro sua posição ao declarar:
“Assim como nunca aconteceu enquanto fui ministro.”
(“I never heard Bolsonaro mention any kind of coup, either before or after the election.”)— Tarcísio de Freitas, Governador de São Paulo
Por outro lado, Ciro Nogueira reforçou a narrativa da defesa, ao afirmar que não houve qualquer menção a tentativas de ruptura em suas interações com Bolsonaro. Segundo ele, “todas as determinações que o presidente me deu foi para que fizesse a transição da melhor forma possível”
“Em hipótese nenhuma. Nunca aconteceu isso.”
(“In no way did that happen.”)— Ciro Nogueira, Senador
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Impactos e desdobramentos
A negativa de envolvimento no caso de golpe, exposta por ex-ministros, pode impactar significativamente a percepção pública e jurídica sobre o ex-presidente, além de moldar o futuro político de figuras ligadas a ele. A análise dessas declarações poderá ser crucial para a construção de defesas mais amplas, com implicações diretas na próxima corrida eleitoral, onde Tarcísio é considerado um potencial candidato representando o bolsonarismo. As audiências seguem até o início de junho, trazendo à tona questões legais e morais sobre a condução democrática do país.
Essas movimentações judiciais refletem uma tensão latente no cenário político brasileiro, amplamente influenciada por divisões partidárias e sociais. As consequências para os envolvidos e para a própria estrutura institucional brasileira permanecem incertas, porém relevantes, especialmente considerando a necessidade de um Estado democrático forte e em conformidade com suas leis.
Fonte: (Agência Brasil – Justiça)