São Paulo — InkDesign News — A startup Human Behavior, co-fundada por Amogh Chaturvedi, está revolucionando a análise de comportamento do usuário em aplicações, utilizando inteligência artificial para oferecer insights mais eficazes do que ferramentas tradicionais de análise.
Financiamento
A Human Behavior, que foi lançada há apenas alguns meses, conseguiu levantar US$ 5 milhões em uma rodada de investimento sem precedentes, fechando o seed round em apenas dois dias. Este movimento rápido é uma tendência crescente entre as startups do Y Combinator, e a lista de investidores inclui General Catalyst, Paul Graham, Vercel Ventures e Y Combinator.
Chaturvedi, de 20 anos, conhecido por ter vendido sua primeira startup enquanto ainda era adolescente, compartilhou como a equipe poderia ter optado por uma estrutura financeira que lhe oferecesse avaliações mais altas, mas fez uma escolha consciente em busca de um alinhamento estratégico. “Nós poderíamos ter feito o jogo da engenharia financeira porque recebemos mais ofertas com avaliações mais altas, mas não queríamos isso”— Amogh Chaturvedi, CEO, Human Behavior.
Modelo de negócios
O objetivo principal da Human Behavior é entender de forma mais profunda como os usuários interagem com os produtos, oferecendo uma solução em detrimento das tradicionais análises oferecidas por plataformas como Mixpanel e PostHog. Ao invés de depender de eventos marcados manualmente ou dados de cliques, a startup utiliza replays de sessões de usuários reais para gerar insights valiosos, assim dispensando longas horas de programação meticulosa.
Chaturvedi, junto de seus co-fundadores, Skyler Ji e Chirag Kawediya, percebeu que os clientes da anterior startup, Dough, desejavam não apenas saber como os produtos estavam se saindo, mas, principalmente, entender o porquê. “Era necessário integrar dados de comportamento, não apenas relatórios contábeis”, afirmou Chaturvedi.
Visão e estratégia
Os clientes da Human Behavior, a maioria startups em fase de crescimento, recebem resumos diários destacando quais recursos estão sendo usados, quais bugs surgiram, e quais usuários tiveram experiências negativas. Os fundadores acreditam que os session replays representam uma “mina de ouro não explorada”. Conforme o tempo avança, o conjunto de dados pode ser utilizado para QA automatizado e suporte de TI embutido.
“Por que gastar horas escrevendo código para rastrear cliques quando podemos apenas assistir ao vídeo?”— Skyler Ji, CTO, Human Behavior. Essa abordagem inovadora pode ser um diferencial crucial contra competidores estabelecidos, uma vez que a arquitetura de muitas empresas tradicionais pode não ser capaz de se adaptar facilmente a essas novas tecnologias.
Próximos passos
O futuro da Human Behavior parece promissor, com planos de expansão e a ambição de consolidar-se como um dos principais players no espaço de session replay. Com o objetivo de se tornar o “Datadog dos session replays”, a startup está explorando a possibilidade de diversificar seus produtos a partir de um único conjunto de dados.
Fonte: (TechCrunch)
