
São Paulo — InkDesign News — O avanço das constelações de satélites tem elevado preocupações sobre a sustentabilidade ambiental da exploração espacial. Pesquisadores destacam a urgência de alternativas, como a reciclagem de satélites, que podem reduzir a quantidade de materiais descartados na órbita terrestre.
Detalhes da missão
A empresa Arkysis, cofundada por Dave Barnhart em 2015, está desenvolvendo o que chama de “Porto” no espaço, um depósito em órbita de reabastecimento e serviços. Com um investimento recente de $1,6 milhão do U.S. Space Force, a Arkysis planeja lançar o primeiro componente, o “Cutter”, no próximo ano. Este dispositivo tem como objetivo facilitar o acoplamento de satélites ao depósito e testar como estas estruturas funcionarão em conjunto no espaço em 2027.
Tecnologia e objetivos
O conceito de reciclagem de satélites inclui a reutilização de partes de satélites antigos para a fabricação de novos. Barnhart expressou a ambição de “permitir extensões de vida e negócios” através de intervenções em órbita, onde novos componentes ou capacidades possam ser adicionados aos satélites existentes.
“Hoje, tudo em um satélite é feito em solo, e o satélite é lançado com data de expiração.”
(“Today, everything on a satellite is done on the ground, and the satellite is launched with an end date.”)— Dave Barnhart, CEO, Arkysis
Próximos passos
Com a crescente necessidade de gerenciar constelações orbitais, a expectativa é que as tecnologias de serviços em órbita se tornem cruciais. Analistas como Dafni Christodoulopoulou, da Analysis Mason, destacam que a aceitação de serviços de manutenção dependerá dos custos relacionados a essas tecnologias.
“Atualmente, esperamos que os serviços em órbita tenham um custo bastante alto para os operadores de pequenos satélites.”
(“Right now, we expect in-orbit services to come at a cost that might be quite high for operators of small satellites.”)— Dafni Christodoulopoulou, Analista, Analysis Mason
A pesquisa e o desenvolvimento de regulamentações ambientais para a indústria espacial também são apontados como essenciais para promover uma cultura de reutilização. As missões Tetra-5 e Tetra-6, com lançamento previsto para 2026 e 2027, têm como objetivo testar tecnologias de reabastecimento em órbita, consolidando a visão de um futuro mais sustentável na exploração espacial.
O avanço em serviços de manutenção orbital e reabastecimento pode desempenhar um papel fundamental na sustentação das atividades no espaço, almejando combater o acúmulo de detritos orbitais e ampliar a capacidade de resposta às necessidades emergentes de segurança e comunicação no espaço.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)