Satélites da NASA detectam tempestades solares e ataques cibernéticos

São Paulo — InkDesign News — A recente queda de energia que atingiu a Península Ibérica no dia 28 de abril, afetando Espanha, Portugal e partes do sul da França, gerou discussões sobre as causas subjacentes – seja uma sofisticada ciberataque ou os impactos do clima espacial.
Detalhes da missão
A falha elétrica, referida como o “apagão do século”, deixou milhões no escuro, interrompendo operações cotidianas e paralisando transportes. O incidente levou semanas de investigação em busca de uma explicação convincente. Entre as teorias, um ciberataque tem recebido atenção, mas especialistas apontam que o clima espacial também pode ser uma responsável por eventos de blackout dessa magnitude.
Tecnologia e objetivos
James Spann, cientista sênior na Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA), afirma:
A tecnologia espacial pode impactar sistemas que utilizam TI para funções críticas e processos cotidianos.
(“Space weather can impact systems that use IT for critical functions and everyday processes.”)— James Spann, Cientista Sênior, NOAA
Com isso, a NOAA realizou um exercício em maio de 2024 para testar a preparação dos Estados Unidos em relação a grandes tempestades solares, envolvendo 35 agências governamentais e revelando a ambiguidade nas informações e comunicação entre várias entidades no caso de tais incidentes.
Próximos passos
Os resultados do exercício indicam que uma comunicação eficaz entre especialistas em clima espacial e agências governamentais é crucial. Spann também destaca que “é necessário um profundo conhecimento da tecnologia afetada, incluindo suas vulnerabilidades aos impactos do clima espacial e a ciberataques, para determinar a causa raiz”
“Deep knowledge of the affected technology is needed, including its vulnerabilities to space weather impacts and cyberattacks, in order to determine the root cause.”
(“Muita informação sobre a tecnologia afetada é necessária, incluindo suas vulnerabilidades a impactos climáticos e cibernéticos, para determinar a causa raiz.”)— James Spann, Cientista Sênior, NOAA
.
Para o futuro, espera-se que a NOAA busque investir em novas missões que melhorem a previsão de clima espacial, a fim de reduzir a incerteza e aumentar a precisão das previsões.
O crescente impacto do clima espacial, especialmente em tecnologias dependentes de satélites, torna essencial a colaboração entre especialistas e operadores de tecnologia para mitigar riscos e proteger infraestruturas críticas.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)