
São Paulo — InkDesign News — Pesquisadores estão avançando em projetos que visam utilizar robôs quadrúpedes para realizar experimentos científicos em ambientes inóspitos, como Marte e a Lua. O trabalho é parte da iniciativa LASSIE, focada em robótica e automação.
Tecnologia aplicada
Os robôs em questão são equipados com uma variedade de sensores que permitem medir a interação de suas patas com diferentes superfícies. Essa capacidade é crucial para o entendimento da estabilidade de terreno em ambientes extraterrestres, onde a sensibilidade ao terreno pode impactar a eficácia das missões. Os algoritmos que controlam esses robôs foram aprimorados para melhorar sua autonomia, permitindo que tomem decisões em tempo real com base nas condições do ambiente.
Desenvolvimento e testes
A equipe de pesquisa, composta por especialistas de diversas universidades e centros de pesquisa, recentemente realizou testes no White Sands National Park, em Novo México. Durante essa fase, o robô atuou de maneira autônoma pela primeira vez, resultado de anos de refinamento em seus algoritmos de controle. A temperatura elevada levou a equipe a ajustar sua rotina de trabalho, realizando as atividades no início da manhã. Esses testes incrementaram o tempo de resposta dos robôs e aumentaram a eficiência energética, um fator crítico para a operação em Marte.
“Cada passo que o robô dá nos fornece informações que ajudarão seu desempenho futuro em lugares como a Lua ou Marte.”
(“So each step the robot takes provides us information that will help its future performance in places like the Moon or Mars.”)— Cristina Wilson, Pesquisadora, Oregon State University
Impacto e aplicações
Com a capacidade de operar de forma autônoma, esses robôs quadrúpedes podem sustentar operações científicas em ambientes extremos, beneficiando não apenas a exploração espacial, mas também aplicações na indústria, como em desastres naturais e monitoramento ambiental. O projeto é um passo significativo rumo ao envio de tecnologia robótica para a Lua e Marte, expandindo as oportunidades de pesquisa e descobertas científicas em tais condições.
As próximas etapas incluem a contínua otimização dos algoritmos e a implementação de novos sensores que poderiam aumentar a eficiência das operações em ambientes diversos, reforçando o potencial dos robôs nesses cenários. Além disso, a integração de tecnologias de comunicação e navegação precisas poderá aprimorar ainda mais a autonomia e eficácia das missões futuras.
Fonte: (Robohub – Robótica & Automação)