Robô vestível ajuda pacientes com ALS a retomarem funções diárias

Boston, EUA — InkDesign News — Pesquisadores da Harvard John A. Paulson School of Engineering and Applied Sciences desenvolveram um robô vestível que utiliza aprendizado de máquina para fornecer assistência personalizada a pacientes com esclerose lateral amiotrófica (ELA) e sequelas de AVC.
Tecnologia aplicada
O sistema consiste em um colete carregado de sensores, complementado por um balão conectado sob o braço. Este balão infla e desinfla para fornecer assistência mecânica às extremidades fracas ou comprometidas. Com o uso de um modelo de aprendizado de máquina, o robô adapta o nível de assistência às intenções do usuário, monitorando movimentos e pressão através dos sensores integrados.
Desenvolvimento e testes
Durante anos, os engenheiros colaboraram com especialistas clínicos para aprimorar o dispositivo. O robô foi testado com nove voluntários – cinco com histórico de AVC e quatro com ELA. Os resultados revelaram que o dispositivo, ao ser treinado com dados de movimento individual, conseguiu distinguir os movimentos do ombro com 94% de precisão. Comparado às versões anteriores, a força necessária para abaixar o braço foi reduzida em cerca de um terço, melhorando a eficiência do movimento.
A personalização é crucial para melhorar a independência funcional e qualidade de vida dos pacientes.
(“Personalization is crucial to enhance their functional independence and quality of life.”)— Dr. Sabrina Paganoni, Co-diretora, Massachusetts General Hospital Neurological Clinical Research Institute
Impacto e aplicações
O dispositivo oferece o potencial de melhorar significativamente a função do membro superior, facilitando atividades diárias como comer e beber. Os usuários mostraram um aumento na amplitude de movimento nos ombros, cotovelos e pulsos, reduzindo a necessidade de movimentos compensatórios. Este avanço pode resultar em um investimento positivo, levando à otimização da qualidade de vida e independência dos pacientes.
É gratificante ver as iterações do dispositivo incorporando nosso feedback.
(“I’ve noticed some of my feedback has been reflected in newer versions.”)— Kate Nycz, Participante do estudo
Os pesquisadores continuam a trabalhar em aperfeiçoamentos para que o robô possa eventualmente ser utilizado de forma independente pelos pacientes em suas residências. Essa inovação pode estabelecer um novo paradigma na assistência a indivíduos com deficiências motoras.
Fonte: (The Robot Report – Robótica & Automação)