
São Paulo — InkDesign News —
A Rivian revisou para baixo suas entregas de veículos elétricos (EVs) em 2025, refletindo impactos das tarifas e mudanças regulatórias dos EUA que influenciam o mercado de mobilidade elétrica norte-americano.
Autonomia e bateria
A Rivian prevê entregar entre 40.000 e 46.000 veículos elétricos até o final de 2025, uma redução em relação à estimativa anterior de 46.000 a 51.000 veículos. Esse recuo ocorre apesar da expectativa de aumentar a produção do modelo mais acessível R2 SUV apenas em 2026. O desempenho de autonomia e eficiência das baterias será fator decisivo para a disputa no segmento, com a Rivian focando em manter a qualidade em sua arquitetura elétrica.
“Mudanças nas políticas governamentais e regulatórias, e um ambiente desafiador de demanda, podem ameaçar a procura por seus veículos.”
(“Changes to government policies and regulations, and a challenging demand environment, could threaten demand for its vehicles.”)— Rivian, comunicado aos investidores
Infraestrutura de recarga
Embora não tenha sido detalhado um plano específico de expansão da infraestrutura, a Rivian observa crescimento expressivo nas receitas de software e serviços — atualmente em US$ 318 milhões no primeiro trimestre de 2025, quase quadruplicando em relação ao mesmo período do ano anterior. Isso se deve, em parte, à sua nova arquitetura elétrica e serviços de desenvolvimento de software, além do aumento em vendas de remarketing e manutenção, essenciais para suportar a rede de recarga e a experiência do usuário.
“Foi possível gerar US$ 206 milhões de lucro bruto no primeiro trimestre de 2025 a partir de 8.640 entregas.”
(“The company said Tuesday that it was able to generate $206 million of gross profit in the first quarter of 2025 on 8,640 deliveries.”)— Rivian, relatório financeiro
Tecnologia autônoma
O foco em tecnologia continua, apesar dos desafios financeiros. A melhoria da margem bruta e os avanços nos serviços de software indicam progressos na integração de tecnologias avançadas, como sistemas de assistência ao condutor e potencial futuro para níveis mais avançados de autonomia veicular, embora Rivian ainda mantenha cautela diante das incertezas regulatórias e tarifárias.
O impacto das tarifas impostas pela administração Trump é claro: a Rivian elevou seu orçamento de capital para US$ 1,8-1,9 bilhão, refletindo aumento de custos. Ford e General Motors também reportaram a descontinuidade de suas projeções devido a incertezas similares, demonstrando a tensão do setor automotivo com as políticas comerciais vigentes.
Apesar da redução nas entregas e do prejuízo líquido de US$ 541 milhões no trimestre (melhora em relação ao prejuízo anterior de US$ 1,4 bilhão), a empresa sinaliza avanços importantes para manter sua competitividade no mercado EV, com foco na ampliação do portfólio e fortalecimento dos sistemas internos.
Para o futuro, a Rivian aposta na expansão de serviços integrados e no lançamento da linha R2 como estratégias para ganho de escala e maior penetração no mercado EV, alinhada à evolução das políticas regulatórias e ao desenvolvimento da infraestrutura de recarga e baterias.
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Fonte: (TechCrunch – Mobilidade & EVs)