
Brasília — InkDesign News — O PSDB discute internamente a possibilidade de integrar uma federação partidária com MDB e Republicanos, após a oficialização da federação entre União Brasil e PP. A decisão final sobre essa articulação está condicionada à definição da fusão entre PSDB e Podemos, processo que deve ser concluído ainda neste semestre em meio às articulações para as eleições de 2026.
Contexto político
A possibilidade de Federação entre MDB e Republicanos surgiu no bojo da oficialização da União Progressista, a federação entre União Brasil e PP, que consolidou a maior bancada na Câmara dos Deputados, com 109 parlamentares, ficando atrás apenas do PSD no Senado. O PSDB, historicamente importante nas disputas políticas nacionais, avalia cuidadosamente o cenário de alianças para se reposicionar depois da perda de importantes lideranças, como Eduardo Leite e Raquel Lyra, que migraram para o PSD.
A fusão entre PSDB e Podemos também é um ponto crucial para as decisões da legenda. Eduardo Riedel, governador de Mato Grosso do Sul e último tucano a comandar um estado, aguarda o desfecho dessas tratativas para decidir se permanece na sigla, o que tem impacto direto na força política do PSDB no Centro-Oeste, considerado o último reduto do partido.
Reações e debates
Entre caciques tucanos, a formação de uma federação com MDB e Republicanos é vista como a que mais representa um “projeto nacional” aliado ao partido para a disputa presidencial de 2026. Eduardo Riedel, sondado por outros partidos, comprometeu-se a aguardar a definição da executiva nacional do PSDB antes de tomar qualquer decisão.
“O prazo dado pelo governador de MS para as definições é até o fim deste semestre, já que prefeitos e vereadores do PSDB do estado aguardam essa definição de Riedel.”
— Aliados de Eduardo Riedel, Governador de Mato Grosso do Sul
O risco de desidratação do partido em nível estadual preocupa, sobretudo pela quantidade expressiva de municípios sob comando tucano e pelo papel estratégico do Mato Grosso do Sul para o partido. A saída do governador pode impactar a bancada municipal, que soma cerca de 260 vereadores na sigla.
Desdobramentos e desafios
A redução do número de administrações municipais comandadas pelo PSDB, que caiu de 515 para 269 nas eleições de 2024, evidencia os desafios à sustentabilidade política da legenda. A decisão sobre a federação e a fusão terá efeitos profundos não apenas para o PSDB, mas para o mapa político nacional, já que pode redesenhar alianças e fortalecer blocos que buscam disputar a presidência da República.
“Essa federação seria a que mais representaria um ‘projeto nacional’ aliado ao PSDB para as eleições de 2026.”
— Caciques tucanos
O debate se estende para além das próprias lideranças, envolvendo prefeitos, vereadores e a base partidária, o que torna as decisões complexas e estratégicas para a consolidação do campo político em um cenário de forte polarização.
As definições do PSDB sobre a federação e a fusão com o Podemos marcam um momento decisivo para o partido, que busca recuperar sua relevância eleitoral e organizacional. A articulação pode influenciar as estratégias eleitorais nacionais e impactar a configuração dos blocos políticos nos próximos anos.
Fonte: (CNN Brasil – Política)