
São Paulo — InkDesign News — A inserção crescente de ferramentas de inteligência artificial e a manutenção de um mercado de trabalho aquecido, observados em 2024, revelam que 8 em cada 10 profissionais brasileiros empregados consideram que a mecanização pode melhorar substancialmente a qualidade do trabalho no país.
Panorama econômico
O contexto global de avanços tecnológicos, somado a decisões estratégicas sobre política monetária e investimentos em inovação no Brasil, impulsiona uma nova dinâmica em ambientes laborais. O desenvolvimento da inteligência artificial (IA) e a automação caminham lado a lado com demandas do mercado, criando um ambiente propício para transformação nas funções profissionais e nos processos produtivos. A adoção crescente dessas tecnologias ocorre em meio à recuperação econômica e à manutenção da inflação e juros em patamares monitorados pelos órgãos reguladores.
Indicadores e análises
Pesquisa da Robert Half aponta que 56% dos trabalhadores acreditam que a automação gerará novas funções e ampliará a produtividade, especialmente com a redução das atividades mais operacionais. Além disso, 50% enfatizam que essa evolução tecnológica demandará requalificação da força de trabalho, criando tipos inéditos de emprego. As áreas mais impactadas incluem TI, segurança da informação, manufatura, produção industrial, atendimento ao cliente e finanças.
Os recrutadores indicam a necessidade de desenvolvimento de habilidades específicas, tais como análise de dados, inteligência artificial, programação e operação de sistemas automatizados, além da capacidade de adaptação a tecnologias emergentes.
Impactos e previsões
A automação não se restrinja apenas à substituição de tarefas, mas instiga uma nova configuração no mercado de trabalho. “Profissionais que desenvolverem habilidades complementares, como criatividade, pensamento estratégico e inteligência emocional, estarão na vanguarda desse cenário. Para as empresas, o desafio será redesenhar processos e investir em treinamento para que suas equipes possam aproveitar ao máximo o potencial da automação”, avaliou Lucas Nogueira, diretor regional da Robert Half.
“Profissionais que desenvolverem habilidades complementares, como criatividade, pensamento estratégico e inteligência emocional, estarão na vanguarda desse cenário. Para as empresas, o desafio será redesenhar processos e investir em treinamento para que suas equipes possam aproveitar ao máximo o potencial da automação.”
(“Professionals who develop complementary skills such as creativity, strategic thinking, and emotional intelligence will be at the forefront of this scenario. For companies, the challenge will be to redesign processes and invest in training so their teams can make the most of automation’s potential.”)— Lucas Nogueira, Diretor Regional, Robert Half
Complementarmente, 59% dos profissionais demonstraram interesse em aprender novas competências e se adaptar à automação, refletindo um movimento positivo diante das exigências do mercado.
Espera-se que o avanço da automação impulsione o redesenho estrutural do ambiente de trabalho e da qualificação profissional, com impactos diretos na produtividade e competitividade industrial, além da necessidade de políticas públicas e privadas focadas em capacitação e requalificação da força de trabalho.
Fonte: (CNN Brasil – Economia)