
São Paulo — InkDesign News — Após 80 anos desaparecida, a obra “Retrato de uma Dama”, de Giuseppe Ghislandi, foi finalmente recuperada. A pintura foi identificada em um anúncio de imóvel na Argentina e entregue às autoridades.
Contexto e lançamento
A pintura, que retrata a Contessa Colleoni, figurou entre as mais de 1.000 obras de arte que foram saqueadas por nazistas da coleção do negociante de arte judeu Jacques Goudstikker durante a Segunda Guerra Mundial. A última aparição do quadro foi em 1940, conforme informações do Lost Art Database. Inicialmente, a obra foi adquirida por Hermann Göring, comandante supremo da força aérea da Alemanha nazista, e, posteriormente, foi transferida para Friedrich Kadgien, um oficial da SS.
Design e especificações
Embora detalhes estéticos específicos da pintura não sejam amplamente discutidos, o “Retrato de uma Dama” reflete a habilidade do artista em retratar tanto a elegância quanto as complexidades da época. O quadro foi encontrado em um imóvel associado a Kadgien, onde as autoridades observaram que a obra havia sido substituída por uma tapeçaria assim que começaram as investigações. “A obra que buscávamos foi entregue, e nada mais”, disse Carlos Martínez, procurador federal.
Repercussão e aplicações
A recuperação da obra trouxe à tona questões importantes sobre o tráfico de arte, especialmente no contexto da arte que foi roubada durante a guerra. O desejo da família de Goudstikker de reaver a pintura evidencia a luta contínua contra a apropriação indevida de patrimônio cultural.
“A família entregou a pintura com total disposição, reconhecendo sua importância histórica e cultural.”
(“The family brought it; he showed up at the prosecutor’s office and said he wanted to hand over the painting we were looking for, and nothing else.”)— Carlos Martínez, Procurador Federal
Ainda assim, a situação legal dos filhos de Kadgien permanece delicada. Eles devem comparecer a um tribunal onde poderão enfrentar acusações por ocultação da obra, e existem indícios de que ainda podem possuir outras pinturas de origem questionável. O caso sobre a pintura continua a despertar o interesse de especialistas em arte e historiadores, que veem nesse evento uma oportunidade para discutir o passado conturbado de apropriação cultural.
Nos próximos meses, esperar-se-á uma maior movimentação em relação às obras recuperadas e um exame mais detalhado sobre as práticas de recuperação de arte roubada na era contemporânea.
Fonte: (Gizmodo – Cultura Tech & Geek)