
Brasília — InkDesign News — A deputada Carla Zambelli teve a prisão decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, em 4 de outubro de 2025, após anunciar que deixou o país. A Polícia Federal foi solicitada a incluir seu nome na lista da Interpol, visando sua pronta localização e possível extradição.
Contexto jurídico
O caso de Carla Zambelli envolve sua condenação pela Primeira Turma do STF a dez anos de prisão por invadir o sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), um ato que ocorreu com o auxílio do hacker Walter Delgatti, já condenado a 8 anos e 3 meses no mesmo processo. A decisão de prisão foi solicitada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e considera a fuga da deputada como um fator agravante.
Argumentos e precedentes
Na defesa, Zambelli argumenta que a decretação de sua prisão é “ilegal, inconstitucional e autoritária”, afirmando que medidas dessa natureza não poderiam ser decididas de forma monocrática. Com a retirada do país, a deputada busca contestar a legitimidade das decisões que a envolvem, citando precedentes que, segundo ela, respeitam o direito à ampla defesa e devido processo legal. Como afirmado por Zambelli:
This type of measure should not be executed unilaterally.
(“Esse tipo de medida não poderia ser feita de forma monocrática.”)— Carla Zambelli, Deputada Federal
Impactos e desdobramentos
A inclusão de Zambelli na lista da Interpol pode gerar um importante precedente em casos similares, pois destaca o uso de mecanismos internacionais para aveder justiça em situações de fuga. Especialistas em direito penal indicam que tal ação não apenas reforça o rigor contra fugas de réus, mas também poderá impactar a imagem da Suprema Corte e da legislação brasileira em termos de seu poder de execução. A resposta da sociedade e de eventuais movimentos políticos de apoio ou oposição à decisão de Moraes também prometem desdobramentos políticos nas próximas semanas.
Embora a recente decisão de prisão tenha gerado reações acaloradas, a situação de Zambelli reflete uma crescente tensão entre autoridades judiciais e políticos, o que poderá exigir uma revisão de determinadas legislações e práticas judiciais no Brasil.
Fonte: (Agência Brasil – Justiça)