
Rio de Janeiro — InkDesign News — A Petrobras anunciou uma redução na capacidade da 12ª plataforma do tipo FPSO para o campo de Búzios, optando por uma unidade com 180 mil barris de petróleo por dia (bpd) em resposta à nova realidade de preços do petróleo.
Panorama econômico
A recente decisão da Petrobras surge em um cenário de volatilidade nos preços globais do petróleo, que impactam diretamente a rentabilidade das petroleiras. A estatal, frente à necessidade de se adaptar a um novo patamar de custos, decidiu pela revisão na capacidade da nova plataforma que será integrada ao campo de Búzios, considerado uma das maiores promessas de aumento de produção da companhia. A diretora de Exploração da Petrobras, Sylvia Anjos, mencionou a importância de alinhar os projetos com a realidade do mercado: “Búzios 12 vai ser 180 mil e a gente ainda vai dar uma enxugada nele, para otimizar e produzir do mesmo jeito” (“Búzios 12 vai ser 180 mil e a gente ainda vai dar uma enxugada nele, para otimizar e produzir do mesmo jeito”).
Indicadores e análises
Em termos de produção, o campo de Búzios já conta com uma plataforma com capacidade para 225 mil bpd, além de mais três unidades programadas para 2027. A nova FPSO a ser encomendada reflete não apenas uma diminuição de capacidade, mas também um esforço em melhorar a eficiência operacional. Búzios está a caminho de superar o campo de Tupi, que, em março de 2023, registrou 780 mil bpd, em comparação com 715 mil bpd de Búzios. A previsão para a produção está alinhada com dados que indicam um crescente declínio no campo de Tupi, pressionando a Petrobras a acelerar suas operações em Búzios.
Impactos e previsões
Os ajustes na capacidade das plataformas têm implicações significativas para a indústria petrolífera brasileira. A decisão de uma FPSO já tripulada, como é o caso da P-78 para Búzios 6, visa minimizar o tempo de instalação e maximizar a produção. “Estamos absorvendo a boa prática de quem vem de fora, com a plataforma tripulada para o local” (“Estamos absorvendo a boa prática de quem vem de fora, com a plataforma tripulada para o local”), explica Anjos. Especialistas indicam que esses movimentos são cruciais para manter a competitividade da Petrobras no cenário global, que enfrenta concorrência crescente e pressões por eficiência. As ações viabilizadas pela estatal podem contribuir para um fortalecimento de sua presença no mercado internacional, principalmente frente a novas descobertas na Margem Equatorial brasileira.
A expectativa é que, com a implementação dessas estratégias, a Petrobras consiga não apenas otimizar sua produção, mas também se preparar para os desafios de um mercado em constante transformação. O desenvolvimento do campo de Búzios será fundamental para os próximos passos da empresa, que busca se reorientar após um período de incertezas.
Fonte: (CNN Brasil – Economia)