
São Paulo — InkDesign News — A Petrobras firmou seu primeiro contrato de fornecimento de gás natural no mercado livre com a Suzano, um dos maiores consumidores de gás natural do Brasil, a partir deste mês, visando otimizar sua migração para um ambiente de comercialização mais flexível.
Panorama econômico
A migração da Suzano para o mercado livre de gás em São Paulo ocorre em um cenário de crescente demanda industrial e de busca por alternativas que minimizem os custos associados ao fornecimento de energia. A decisão de operações de gás natural pela Petrobras fortalece sua posição no mercado, em um momento em que a política monetária global enfrenta desafios, incluindo inflação e taxas de juros elevadas, impactando diretamente as decisões corporativas.
Indicadores e análises
Com a formalização deste contrato, a Petrobras não apenas inicia um novo modelo de prestação de serviços, mas também potencializa o uso de suas infraestruturas existentes, impulsionando uma capacidade prevista de investimentos de US$ 7 bilhões. Esse montante destina-se à ampliação das ofertas de gás natural, contribuindo para a redução da dependência brasileira em relação a importações. Destaca-se que a Suzano, com suas cinco fábricas migrando para esse novo sistema, busca assegurar uma melhoria em seus custos operacionais e flexibilidade na negociação de contratos, que apresentam diferentes modalidades de prazos e indexadores. “O mercado industrial consumidor de gás natural em São Paulo é o maior do país e, assim, concentra grandes oportunidades em termos de colocação do gás natural da Petrobras“, disse em nota o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Maurício Tolmasquim.
Impactos e previsões
O impacto dessa mudança será significativo, não apenas para a Suzano, mas para toda a cadeia de suprimentos de gás natural. Especialistas ressaltam que a flexibilidade contratual permitirá que empresas como a Suzano ajustem suas operações conforme as variações do mercado. Isso potencialmente resultará em ações mais eficientes na gestão de custos e na reactuação da produção em resposta a demandas flutuantes. Além disso, estimativas indicam que essa migração poderá estimular a concorrência, beneficiando o consumidor final e aumentando a sustentabilidade do setor energético no Brasil. “A Suzano trabalha em movimento de migração para o mercado livre, que foi iniciado em 2024 a partir das unidades no Espírito Santo e Maranhão,” afirmou um porta-voz da empresa.
Os próximos desdobramentos desse modelo de fornecimento de gás natural podem sinalizar um novo caminho para a Petrobras e seus consumidores, indicando uma tendência de aumento da liberalização no setor energético brasileiro. O futuro do mercado de gás é incerto, mas as movimentações atuais preveem um fortalecimento da autonomia e competitividade das indústrias.
Fonte: CNN Brasil – Economia