Pesquisador organiza conferência sobre inteligência artificial

São Paulo — InkDesign News — Pesquisadores estão utilizando inteligência artificial para projetar terapias inovadoras contra novas variantes da covid-19, destacando a capacidade desses modelos na eficácia e rapidez de desenvolvimento de soluções científicas.
Contexto da pesquisa
A colaboração entre instituições vizinhas à Stanford University e pesquisadores do mundo todo visa abordar os desafios impostos pelas variantes emergentes do coronavírus. O foco recaiu sobre a utilização de nanocorpos, moléculas menores e menos comuns que os anticorpos tradicionais, devido à sua eficácia em limitações impostas por recursos computacionais—uma estratégia inovadora em resposta às demandas da pandemia.
Método e resultados
Os cinco modelos de inteligência artificial, treinados como cientistas especializados, foram estruturados para atender a diferentes objetivos e empregaram algoritmos avançados para explorar novos candidatos terapêuticos. Os resultados foram surpreendentes, com a maioria das propostas de nanocorpos apresentando capacidade de se ligar à variante original da doença. A rapidez na geração de soluções, em apenas um dia ou até menos, destaca a eficiência do processo: “Acho que foi um dia ou meio dia, algo assim”, disse Pak, um dos pesquisadores envolvidos.
Implicações e próximos passos
Embora as contribuições dos modelos AI tenham avançado a ciência, a questão da atribuição de crédito e a contabilidade do trabalho das máquinas ainda geram debates. A necessidade de criar um espaço onde a inteligência artificial possa ser reconhecida como coautora tem levado a iniciativas como a conferência Agents4Science, que promove a avaliação do trabalho científico por agentes AI. “Essas políticas estão essencialmente incentivando os pesquisadores a esconder ou minimizar sua utilização de AI”, observa Zou.
“A principal contribuição do nosso artigo é realmente o Virtual Lab como ferramenta de automação.”
(“the major novelty is the automation.”)— Yi Shi, Farmacologista, Universidade da Pensilvânia
Com a aceitação e a divulgação rápida do artigo na revista Nature, promete-se um futuro onde a colaboração humano-máquina no campo da pesquisa científica se torne cada vez mais eficiente, superando barreiras éticas e institucionais. O potencial disruptivo dessa tecnologia pode sinalizar um novo paradigma na ciência.
Fonte: (MIT Technology Review – Artificial Intelligence)