
Nova Délhi — InkDesign News — A fintech indiana Paytm obteve aprovação aguardada para atuar como provedora de serviços de pagamento para comerciantes online, um marco regulatório significativo após meses de desafios. A autorização do Banco Central da Índia ocorre em meio à venda da participação de um investidor chinês e representa uma reviravolta na trajetória da empresa.
Rodada de investimento
No início da semana, o Banco de Reserva da Índia (RBI) concedeu “aprovação em princípio” à unidade de Serviços de Pagamento da Paytm para operar como agregador de pagamentos online. O comunicado veio mais de dois anos após a empresa ter seu pedido de licença negado, em novembro de 2022, por “não conformidade” com as regras de investimentos. Nesse período, a Paytm ficou restrita de onboard novos comerciantes online.
“A restrição não teve impacto material em nossos negócios ou receitas”
— Vijay Shekhar Sharma, Fundador e CEO, One97 Communications
Embora as operações tenham sido limitadas, a Paytm também se adaptou ao cenário, estabelecendo parcerias com instituições financeiras como Axis, HDFC, Banco da Índia e Yes Bank para atuar como provedores de sistema de pagamento.
API e integração
Com a nova licença, a Paytm poderá operar como um prestador de serviços para comerciantes online, permitindo a aceitação de métodos de pagamento variados, incluindo cartões, internet banking e a interface de pagamentos unificados (UPI) respaldada pelo governo indiano. A aprovação também finaliza as restrições de onboarding de comerciantes online impostas desde 2022 pelo banco central.
No último mês, a Paytm processou 1,27 bilhão de transações UPI, somando cerca de ₹1,34 trilhões (aproximadamente US$ 15 bilhões), representando 6,9% de todas as transações realizadas em junho. A fintech atualmente ocupa a terceira posição entre as plataformas de pagamentos UPI, atrás da Walmart e Google Pay, que dominam mais de 82% das transações.
Regulação
A Paytm deve passar por uma “auditoria de sistema”, incluindo uma revisão de segurança cibernética, conforme exigido pelo RBI. Caso não apresente relatórios dentro do prazo de seis meses, a aprovação poderá ser revogada.
“Estamos agora em uma posição para controlar a maioria da nossa cadeia de valor, desde soluções de hardware offline até gateways de pagamento online”
— Osborne Saldanha, Investidor em Fintech
Recentemente, a empresa também reportou um aumento de 28% em sua receita, alcançando US$ 224 milhões no primeiro trimestre do ano fiscal de 2026. Os resultados mostram uma melhora no valor das ações da Paytm, que subiram 13,25% em 2025, refletindo um renascimento da confiança do mercado após desafios regulatórios.
À medida que a Paytm continua a expandir suas operações, o próximo passo envolve a completa implementação das exigências regulatórias e o fortalecimento das parcerias com bancos, de forma a garantir um serviço eficiente e competitivo no crescente setor de fintech.
Fonte: (TechCrunch – Fintech & Pagamentos)