
São Paulo — InkDesign News — Uma nova pesquisa anunciou a descoberta de Traskasaura sandrae, um elasmosauro do Cretáceo, que apresenta um conjunto único de características que possibilitaram a essa criatura marinha caçar de maneira inovadora. Com 12 metros de comprimento, o estudo revela traços primitivos e derivados, diferenciando-a de outros plesiossauros.
Contexto da descoberta
O primeiro fóssil de Traskasaura foi encontrado em 1988 na Formação Haslam, em Vancouver Island, Canadá. Desde então, outros fósseis, como um úmero direito isolado e um esqueleto juvenil bem preservado, foram coletados, contribuindo para o entendimento deste grupo de reptiles marinhos. Inicialmente, em 2002, os especialistas hesitaram em classificar a nova espécie devido a um número limitado de características distintas.
Métodos e resultados
Recentemente, uma nova pesquisa liderada pelo professor F. Robin O’Keefe, da Marshall University, finalmente identificou o Traskasaura sandrae como um novo gênero e espécie. Os pesquisadores analisaram um esqueleto parcial excepcionalmente preservado que possibilitou uma análise detalhada da morfologia do elasmosauro.
“O esqueleto possui características únicas, principalmente nos ombros, que não se assemelham a nenhum outro plesiossauro que eu já tenha visto”
(“The shoulder, in particular, is unlike any other plesiosaur I have ever seen.”)— F. Robin O’Keefe, Professor, Marshall University
Os estudos indicam que Traskasaura sandrae tinha um longo pescoço, com pelo menos 36 vértebras cervicais bem preservadas, sugerindo que possuía cerca de 50 ossos apenas na região do pescoço. Além disso, a análise morfológica revelou adaptações que favoreciam natação vertical, permitindo que esse predador mergulhasse sobre suas presas, possivelmente ammonites abundantes na região.
Implicações e próximos passos
A identificação do Traskasaura sandrae não apenas resolve a lacuna de conhecimento sobre os plesiossauros da Colúmbia Britânica, mas também pode abrir novas linhas de pesquisa sobre a evolução e os hábitos alimentares desses reptiles marinhos durante o período Mesozoico. O professor O’Keefe menciona que o reconhecimento desse animal como fóssil provincial em 2023 é uma vitória para a paleontologia local, contribuindo para o entendimento da biodiversidade marinha ao longo da história.
“Com a nomeação de Traskasaura sandrae, o Noroeste do Pacífico finalmente tem um réptil mesozóico para chamar de seu”
(“With the naming of Traskasaura sandrae, the Pacific Northwest finally has Mesozoic reptile to call its own.”)— F. Robin O’Keefe, Professor, Marshall University
A pesquisa sugere que futuras investigações poderão aprofundar o entendimento sobre estas fascinantes criaturas marinhas, contribuindo para o registro fossilizado e para a “linhagem evolutiva” dos plesiossauros.
Fonte: (sci.news– Ciência & Descobertas)