
Brasília — InkDesign News — O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, iniciou neste sábado (31) as atividades do programa Agora Tem Especialistas, participando do primeiro mutirão de cirurgias eletivas em nove unidades da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que administram hospitais universitários em todo o Brasil. Esta iniciativa visa utilizar toda a infraestrutura pública e privada disponível para diminuir as filas de procedimentos não emergenciais.
Contexto e objetivos
O Brasil enfrenta um acúmulo significativo de cirurgias eletivas devido aos efeitos da pandemia de covid-19, que desorganizou os fluxos de atendimento. O programa Agora Tem Especialistas tem como objetivo aumentar a capacidade de atendimento nas unidades da Ebserh, permitindo que todos os hospitais funcionem aos sábados e em turnos extras. O público-alvo inclui pacientes que aguardam procedimentos como catarata, laqueadura, hérnia e outros, refletindo uma necessidade urgente de reabilitação do sistema de saúde.
Metodologia e resultados
O mutirão realizado no Hospital Universitário de Brasília (HUB-UnB) incluiu 28 cirurgias eletivas e 28 exames de coloproctologia, com a colaboração de cerca de 30 profissionais da saúde. “A Ebserh tem como meta este ano aumentar em 40% as cirurgias eletivas que realiza e o Ministério da Saúde coloca R$100 milhões só para essa ação”, afirmou Padilha. Além disso, o programa prevê a ativação de um Painel de Monitoramento Nacional que centralizará dados sobre atendimento e tempo de espera na rede de saúde.
“Hoje essa informação não existe no Brasil. Vai passar a existir por conta dessa medida provisória do presidente Lula. Com isso a gente vi poder monitorar”
(“Today this information does not exist in Brazil. It will start to exist due to this provisional measure from President Lula. With this, we will be able to monitor.”)— Alexandre Padilha, Ministro da Saúde
Implicações para a saúde pública
A implementação deste programa representa um passo significativo para a recuperação da saúde pública no Brasil, ao garantir atendimento a uma população que ficou sem acesso a tratamentos essenciais. O uso de mecanismos inovadores para o credenciamento de estruturas privadas poderá acelerar o processo de redução das filas, além de promover uma colaboração necessária entre o setor público e privado. O vice-presidente da Ebserh, Daniel Beltrammi, reforçou a importância da rede de hospitais universitários, indicando que “a Ebserh é uma empresa pública de cada brasileira e brasileiro e a maior rede de hospitais universitários do Sul Global com o propósito de promover saúde, ensino, pesquisa e inovação a serviço da vida e do nosso Sistema Único de Saúde.”
Como próximas etapas, o programa englobará um Dia E Nacional, previsto para 5 de julho, onde todos os hospitais universitários estarão mobilizados para garantir um tempo mais adequado para os tratamentos. A expectativa é que essa nova estrutura não apenas alivie as listas de espera, mas também melhore a qualidade de atendimento dos pacientes atendidos pelo Sistema Único de Saúde.
Fonte: Agência Brasil – Saúde