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Os preços do ouro fecharam em alta de 1,45% nesta segunda-feira (19), em resposta à fraqueza do dólar e à busca por ativos de refúgio, após o rebaixamento da nota de crédito do governo dos Estados Unidos pela Moody’s.
Panorama econômico
A situação econômica global tem sido marcada por incertezas, especialmente em relação ao comércio internacional. O rebaixamento da dívida americana pela Moody’s repercutiu no mercado financeiro, contribuindo para o aumento do apetite pelo ouro como um ativo seguro. Além disso, declarações do secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, sobre a possibilidade de reintrodução de tarifas comerciais para países que não cooperarem de “boa-fé” intensificaram as preocupações sobre a estabilidade econômica mundial.
Indicadores e análises
Na Comex, divisão de metais preciosos da Bolsa de Nova York (Nymex), o contrato do ouro para entrega em junho subiu para US$ 3.233,5 por onça-troy. Fawad Razaqzada, analista da City Index, destacou que “o principal fator que está sustentando o ouro hoje é o rebaixamento da dívida americana pela Moody’s” (
“the main factor supporting gold today is the downgrade of U.S. debt by Moody’s.”
(“o principal fator que está sustentando o ouro hoje é o rebaixamento da dívida americana pela Moody’s.”)— Fawad Razaqzada, Analista, City Index
). Esta alta consecutiva no ouro contrasta com a queda observada na semana anterior, quando o preço do metal precioso recuou após a trégua tarifária entre Estados Unidos e China.
Impactos e previsões
A incerta situação comercial, aliada a dados econômicos fracos da China, impactou o apetite por risco nos mercados financeiros globais. O chefe de pesquisa de commodities do Société Générale, Benjamin Hoff, observou que a “incerteza comercial e política continua extremamente elevada” (
“the trade and political uncertainty remains extremely high.”
(“a incerteza comercial e política continua extremamente elevada.”)— Benjamin Hoff, Chefe de Pesquisa, Société Générale
). Para o longo prazo, as políticas adotadas durante a gestão de Trump e a tendência de diversificação de ativos em dólar são fatores que, segundo Vasu Menon, diretor-gerente do Oversea-Chinese Banking Corp., favorecem o ouro, podendo levá-lo a novos níveis nos próximos anos.
Grandes instituições financeiras, incluindo o Goldman Sachs, mantiveram suas projeções otimistas, estabelecendo preços-alvo de US$ 3.700 por onça-troy até o final de 2025 e US$ 4.000 até meados de 2026, apesar de um risco reduzido de recessão nos EUA. O mercado continuará a observar de perto os desenvolvimentos econômicos, a fim de ajustar suas estratégias.
Fonte: (CNN Brasil – Economia)