
São Paulo — InkDesign News — Em uma das maiores ações globais de combate ao crime na dark web, autoridades de dez países prenderam 270 indivíduos envolvidos em tráfico de drogas, venda de armas e distribuição de produtos falsificados. A operação, denominada Operação RapTor, ocorreu a partir de meses de coleta de inteligência após a desarticulação de diversos mercados na dark web.
Incidente e vulnerabilidade
A Operação RapTor foi coordenada pela Europol e a força-tarefa JCODE do Departamento de Justiça dos EUA, resultando na prisão de criminosos que utilizavam criptomoedas e ferramentas de criptografia para ocultar suas atividades. As falhas nos mercados da dark web, como os postos por operações anteriores, permitiram que investigadores acessassem dados cruciais para identificar vendedores e compradores ao redor do mundo. A ação culminou na apreensão de mais de €184 milhões em dinheiro e criptomoedas, além de mais de 2 toneladas de drogas, incluindo 144 kg de fentanil, e 180 armas de fogo.
Impacto e resposta
A extensão da operação sublinha a evolução das atividades cibernéticas ilícitas, que frequentemente simulam o e-commerce legítimo. Segundo a Legislação dos EUA, vários dos indivíduos detidos estavam relacionados a um anel de tráfico que distribuiu mais de 120.000 pílulas de fentanil nos EUA, impactando gravemente a crise dos opioides. O ato de erradicação das infraestruturas do mercado, em particular o Nemesis Market, foi crucial, levando à sanção e acusação de seu operador, Behrouz Parsarad. O uso de forense em criptomoedas para rastrear transações ilícitas foi destacado como uma estratégia eficaz na contenção desse tipo de crime.
Mitigações recomendadas
A mobilização internacional que sustentou a Operação RapTor demonstrou que os criminosos não estão imunes à ação das autoridades. Para organizações preocupadas com a segurança digital, recomenda-se a implementação de boas práticas de segurança, incluindo a utilização de autenticação multifatorial e a atualização constante de sistemas para correção de vulnerabilidades. Além disso, devem ser adotadas ferramentas de monitoramento e análise de transações em criptomoedas, como parte das estratégias de defesa.” Esta operação é apenas o ponto de partida para investigações mais profundas”, afirmou Edvardas Šileris, chefe de cibercrime da Europol, ressaltando a importância da continuidade da cooperação internacional.
A Operação RapTor não apenas neutralizou redes criminosas significativas, mas também evidenciou uma mudança nas táticas utilizadas pelos vendedores da dark web, que estão se adaptando ao desmantelamento de grandes mercados. Riscos residuais permanecem, especialmente devido à descentralização das operações criminosas. As autoridades reforçam que a luta contra este fenômeno está longe do fim.
Fonte: (Hack Read – Segurança Cibernética)