
São Paulo — InkDesign News — A OpenAI anunciou recentemente a liberação de modelos abertos de machine learning, permitindo que diversas organizações, incluindo hospitais e empresas, personalizem e utilizem suas tecnologias para atender às suas necessidades específicas.
Contexto da pesquisa
A motivação por trás da liberação dos modelos abertos está entrelaçada com a crescente demanda por soluções de inteligência artificial que priorizem a segurança de dados e a personalização. Segundo Casey Dvorak, gerente de programa de pesquisa na OpenAI, “The vast majority of our [enterprise and startup] customers are already using a lot of open models” (“A grande maioria dos nossos [clientes empresariais e startups] já está utilizando muitos modelos abertos”). Este movimento procura preencher uma lacuna deixada pela falta de um modelo competitivo aberto pela OpenAI.
Método e resultados
Os novos modelos estão disponíveis em dois tamanhos, com o menor deles podendo ser executado teoricamente em máquinas com 16 GB de RAM, a quantidade mínima oferecida atualmente nos computadores da Apple. A liberação dos modelos sob a licença permissiva Apache 2.0 permite que empresas os utilizem para fins comerciais. Fatia do mercado requer que alguns modelos sejam executados localmente, especialmente setores como saúde e direito, que lidam com dados sensíveis.
Implicações e próximos passos
As aplicações práticas desses modelos são vastas, permitindo que as organizações adotem soluções de inteligência artificial de forma personalizada e segura. O impacto geopolítico também deve ser considerado, já que a ascensão de modelos abertos chineses, como o Qwen, tem representado uma competição significativa. Nathan Lambert, líder de pós-treinamento do Allen Institute for AI, comenta:
“It’s a very good thing for the open community”
(“É uma muito boa notícia para a comunidade aberta”)— Nathan Lambert, Líder de Pós-Treinamento, Allen Institute for AI
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A reabertura do acesso a esses modelos poderá favorecer a inovação no ecossistema de pesquisa, permitindo que acadêmicos e desenvolvedores manipulem e examinem os modelos livremente. Essa movimentação também pode reestabelecer a posição da OpenAI em um ambiente competitivo que, segundo Peter Henderson, professor assistente na Universidade de Princeton, “In part, this is about reasserting OpenAI’s dominance in the research ecosystem” (“Em parte, isso se trata de reafirmar a dominância da OpenAI no ecossistema de pesquisa”).
A iniciativa posiciona a OpenAI de volta no centro do debate sobre inteligência artificial, oferecendo alternativas que atendam as demandas específicas dos usuários, ao mesmo tempo em que reforça a acessibilidade tecnológica em um cenário cada vez mais globalizado.
Fonte: (MIT Technology Review – Artificial Intelligence)