
Genebra — InkDesign News —
A 78ª Assembleia Mundial da Saúde da Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou nesta segunda-feira (26) a Regulamentação do Marketing Digital de Substitutos do Leite Materno, uma proposta liderada pelo governo do Brasil.
Contexto e objetivos
O marketing de substitutos do leite materno tem sido um tema controverso, especialmente em relação à sua influência na alimentação infantil e ao aleitamento materno. O objetivo do Código Internacional do Marketing e Comercialização de Substitutos do Leite Materno é contribuir para o fornecimento de nutrição segura e adequada aos lactentes. A proposta busca assegurar que a indústria não empregue propagandas abusivas, protegendo assim o direito universal de que todas as crianças possam ser amamentadas.
Metodologia e resultados
Essa regulamentação foi resultado de três meses de intensas negociações multilaterais, conduzidas pelo Brasil e apoiadas por 20 países co-patrocinadores, incluindo Noruega, México e Espanha. Com o acréscimo de diretrizes específicas voltadas para o marketing em ambientes digitais, a proposta atualiza um código com 44 anos de existência, reconhecido por todos os países membros da OMS.
“Isso é feito por meio da proteção e promoção do aleitamento materno e assegurando que a indústria não empregue propagandas abusivas para o marketing dos substitutos do leite materno, protegendo o direito universal de que todas as crianças possam ser amamentadas, e garantindo a mães e familiares o acesso a escolhas alimentares saudáveis e sem influência do marketing.”
(“This is done through the protection and promotion of breastfeeding and ensuring that the industry does not use abusive advertising for the marketing of substitutes for breast milk, protecting the universal right for all children to be breastfed, and ensuring that mothers and families have access to healthy food choices without the influence of marketing.”)— Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)
Implicações para a saúde pública
A regulamentação tem o potencial de impactar significativamente a saúde infantil, promovendo uma maior adesão ao aleitamento materno e reduzindo a influência negativa do marketing no comportamento alimentar das famílias. Espera-se que a implementação efetiva das novas diretrizes contribua para uma estratégia global de saúde que priorize a nutrição adequada e a proteção infantil.
Em síntese, as recentes aprovações na Assembleia da OMS refletem um compromisso renovado com a saúde pública, estabelecendo um marco legal que pode servir de base para futuras iniciativas relacionadas à alimentação infantil. As expectativas são de que esse movimento não só proteja as crianças, mas também empodere as famílias em suas escolhas alimentares.
Fonte: (Agência Brasil – Saúde)