
São Paulo — InkDesign News — A Nvidia anunciou sua intenção de retomar a venda do chip H20 AI para a China, o que levanta questões sobre o impacto no setor de tecnologia e as implicações comerciais das discussões sobre elementos de terras raras.
Funcionalidades
Após inicialmente planejar se retirar do mercado chinês, a Nvidia reverteu sua decisão e agora está trabalhando para reacender suas vendas. O Secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, afirmou que essa medida está relacionada a negociações contínuas com a China em torno dos elementos de terras raras, essenciais na fabricação de tecnologia.
“Não vendemos a eles nosso melhor produto, nem nosso segundo melhor, nem mesmo nosso terceiro melhor.”
— Howard Lutnick, Secretário de Comércio dos EUA
Implementação
Os elementos de terras raras, como o lanthanum e o cerium, são críticos na produção de baterias recarregáveis para veículos elétricos, o que os torna um ponto central nas discussões comerciais entre os EUA e a China. Contudo, esse movimento gerou críticas, com o congressista Raja Krishnamoorthi alertando sobre a potencial transferência de tecnologia avançada para concorrentes.
“Esta decisão não apenas entregaria nossas tecnologias mais avançadas a adversários estrangeiros, mas também é perigosamente inconsistente com a posição anteriormente declarada dessa administração sobre controles de exportação para a China.”
— Raja Krishnamoorthi, Congressman
ROI
Desenvolvedores de tecnologia e empresas de pesados investimentos em AI vão perceber que o retorno desse movimento pode ser limitado. Lutnick destacou que a Nvidia está oferecendo à China apenas seu “quarto melhor” chip, o que pode limitar a eficácia tecnológica do produto final e seu impacto competitivo no mercado global.
Este cenário surge em um momento em que os EUA ainda estão formulando suas regras de exportação de chips de AI, após a revogação das diretrizes do governo Biden em maio. O planejamento para a liberação de um novo chip de AI ao mercado chinês configura uma tentativa da Nvidia de continuar seus negócios sem violar regulações de exportação dos EUA, gerando um cenário complexo para as empresas que buscam operar nesse espaço.
À medida que o debate sobre controles de exportação continua, mais empresas de tecnologia, como a AMD, também estão revisitanda suas estratégias para vendas no mercado chinês.
O futuro das vendas de chips de AI para a China promete ser cheio de nuances, com implicações significativas para o setor de tecnologia como um todo.
Fonte: (TechCrunch – Enterprise Tech)