
São Paulo — InkDesign News — Uma nova descoberta paleontológica revelou um membro do gênero Swaindelphys encontrado na Formação Black Peaks, no Texas. Esta pesquisa destaca um marsupial extinto que viveu durante o Paleoceno, há cerca de 60 milhões de anos.
Contexto da descoberta
Os membros do gênero Swaindelphys eram conhecidos anteriormente apenas em locais como a Swain Quarry, em Wyoming, e a Formação Nascimento, no Novo México. A identificação de Swaindelphys solastella expandiu este conhecimento para o Texas, como relataram pesquisadores da Universidade do Kansas.
O novo fóssil foi encontrado em Big Bend National Park, e segundo a equipe, mostra as características de um dos maiores marsupiais da época, comparável em tamanho a um ouriço moderno.
Métodos e resultados
O estudo coordenado pelo aluno de doutorado Kristen Miller concentrou-se em identificar pequenos mamíferos fósseis da era Paleocena, uma tarefa complexa devido à sua raridade. Os pesquisadores utilizaram técnicas de escavação em depósitos fluviais, que são restos de antigos sistemas de rios, indicando que a região era mais rica em vegetação do que o deserto atual.
“Estamos buscando descobrir mamíferos fósseis menores e mais difíceis de encontrar que viveram em Big Bend naquela época.”
(“Our work is aimed at uncovering some of the smaller and harder-to-find fossil mammals that lived in Big Bend at that time.”)— Kristen Miller, Pesquisador, Universidade do Kansas
Além disso, o fóssil de Swaindelphys solastella se destaca por ser o maior marsupial já encontrado na América do Norte durante o Paleoceno, reforçando a ideia de que “tudo é maior no Texas.”
Implicações e próximos passos
A pesquisa sugere que os padrões de distribuição de Swaindelphys podem indicar características geográficas e barreiras naturais que restringiram a dispersão de espécies no passado, incluindo primatas primitivos. As condições climáticas do Paleoceno eram mais quentes e possivelmente tropicais, o que contrasta com o ambiente atual.
“Esses fósseis indicam que havia muita mais vegetação e provavelmente muitos rios e córregos.”
(“There was a lot more vegetation and probably lots of rivers and streams.”)— Kristen Miller, Pesquisador, Universidade do Kansas
A descoberta foi publicada no Journal of Vertebrate Paleontology e pode abrir novas linhas de pesquisa sobre a evolução e dispersão dos marsupiais na América do Norte.
Com esta nova evidência, futuros estudos poderão se concentrar em interpretar como as mudanças climáticas e geográficas influenciaram a biogeografia das espécies durante o Paleoceno, contribuindo para o entendimento da evolução dos mamíferos.
Fonte: (sci.news– Ciência & Descobertas)