Noruega e Polônia responsabilizam Rússia por ataque cibernético

A segurança cibernética em sistemas de água e esgoto enfrenta crescentes ameaças, com ataques recentes atribuído a atores de Estado-nação, destacando a vulnerabilidade das infraestruturas críticas em diversos países.
Vetor de ataque
Os recentes ataques a sistemas de água na Noruega e na Polônia foram atribuídos a hackers russos, evidenciando o uso de técnicas de “nation-state hacking” que visam infiltrações e manipulações em infraestruturas essenciais. O ataque à Noruega, em abril, permitiu que os invasores abrissem uma comporta em uma represa, despejando 500 litros de água por segundo. Esse incidente ressalta a falta de preparação e resistência das infraestruturas de água frente a ameaças cibernéticas.
Impacto e resposta
O impacto dessas infiltrações é significativo, pois compromete a segurança pública e a confiança na infraestrutura. A chefe da Polícia de Segurança da Noruega, Beate Gangaas, explicou que “o propósito dessas ações é exercer influência e criar medo ou agitação na população” (
“They don’t necessarily aim to cause destruction, but to show what they are capable of.”
(“Eles não buscam necessariamente causar destruição, mas mostrar do que são capazes.”)— Beate Gangaas, Chefe da Polícia de Segurança, Noruega
). No contexto dos EUA, os sistemas de água enfrentaram crescente pressão cibernética, com 19% das utilidades pesquisadas pela Water Information Sharing and Analysis Center (ISAC) relatando incidentes de segurança.
Análise e recomendações
A análise revela que, embora ataques de ransomware tenham crescido, muitos dos recentes incidentes em sistemas de água são motivados por conflitos geopolíticos, em vez de ganhos financeiros. Especialistas indicam que a segurança desses sistemas é frequentemente negligenciada, com dispositivos de tecnologia operacional (OT) rodando firmware desatualizado e usando senhas padrão. Para mitigar esses riscos, recomenda-se a implementação dos 5 Controles Críticos do SANS para a Cibersegurança ICS, que incluem a identificação de conexões, garantia de configurações seguras e monitoramento contínuo.
Enquanto a segurança cibernética nas infraestruturas de água continua sendo uma preocupação crescente, iniciativas como o projeto DEF CON Franklin buscam ajudar pequenos serviços de água a reforçar suas práticas de segurança com suporte voluntário, um passo importante para enfrentar as ameaças emergentes.
Fonte: (Dark Reading – Segurança Cibernética)