
São Paulo — InkDesign News — Cientistas da NASA desenvolveram uma nova técnica chamada “StarryStarryProcess”, a qual utiliza planetas que transitam em frente aos seus estrelas-mãe para investigar a “manchologia estelar”. Essa abordagem pode revelar mais sobre as atmosferas dos planetas.
Detalhes da missão
A técnica foi inicialmente testada no planeta TOI 3884 b, que orbita uma estrela localizada a cerca de 141 anos-luz da Terra. Essa exoplaneta é um gigante gasoso, com cinco vezes o diâmetro de nosso planeta e 32 vezes sua massa. TOI 3884 b foi descoberto em 2022 pela missão TESS (Transiting Exoplanet Survey Satellite).
Tecnologia e objetivos
O “StarryStarryProcess” baseia-se no método de trânsito utilizado por TESS e pelo telescópio Kepler, que já identificou mais de 5.000 exoplanetas. A proposta visa analisar dados de missões como a Pandora, um satélite que observa exoplanetas, previsto para lançamento ainda em 2023. De acordo com Sabina Sagynbayeva, líder da equipe, “Modelos usados para analisar dados de exoplanetas assumem que estrelas são discos uniformemente brilhantes. Mas sabemos, ao olhar para o nosso sol, que as estrelas são mais complicadas do que isso.”
Modelos usados para analisar dados de exoplanetas assumem que estrelas são discos uniformemente brilhantes. Mas sabemos, ao olhar para o nosso sol, que as estrelas são mais complicadas do que isso.
(“Many of the models researchers use to analyze data from exoplanets, or worlds beyond our solar system, assume that stars are uniformly bright disks.”)— Sabina Sagynbayeva, Líder de Estudo, Universidade de Stony Brook
Próximos passos
Apesar de a técnica atualmente ser aplicada apenas na luz visível, a Pandora permitirá que observações sejam feitas em múltiplos comprimentos de onda, ampliando as aplicações do “StarryStarryProcess”. A cientista Allison Youngblood enfatizou que “quanto mais entendermos as partes individuais de um sistema planetário, melhor compreenderemos o todo — e a nós mesmos.”
Quanto mais entendermos as partes individuais de um sistema planetário, melhor compreenderemos o todo — e a nós mesmos.
(“The more we understand the individual parts of a planetary system, the better we understand the whole — and our own.”)— Allison Youngblood, Cientista do Projeto TESS, NASA
Essa pesquisa não apenas aprimora a capacidade de identificação de exoplanetas, mas também fornece insights valiosos sobre as estrelas que os cercam, o que é crucial na busca por condições habitáveis além do Sistema Solar.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)