
São Paulo — InkDesign News — Pesquisadores revelaram novas evidências sugerindo que a Terra poderia estar situada em um vazio cósmico, que explicaria a misteriosa discrepância nas medições da taxa de expansão do universo, conhecida como tensão de Hubble. O estudo foi apresentado na Reunião Nacional de Astronomia de 2025 na Universidade de Durham, no Reino Unido.
Detalhes da missão
A pesquisa é liderada pelo Dr. Indranil Banik, da Universidade de Portsmouth, que estudou a possibilidade de que a nossa galáxia esteja localizada no centro de um grande vazio local, conhecido como “bolha de Hubble”. O estudo examina as oscilações acústicas de barions (BAOs) desde os primeiros momentos do universo, que atuam como indicadores da evolução cósmica.
Tecnologia e objetivos
Os BAOs, descritos como “o som do Big Bang”, se tornaram instrumentos cruciais para a medição da estrutura do universo. A pesquisa demonstrou que esse vazio distorce ligeiramente a relação entre a escala angular dos BAOs e o redshift. Banik enfatiza que “um modelo de vazio é cerca de cem milhões de vezes mais provável do que um modelo sem vazio com parâmetros ajustados para as observações do fundo cósmico de micro-ondas (CMB)”.
“O Hubble tension é amplamente um fenômeno local, com poucas evidências de que a taxa de expansão desvirtue as expectativas da cosmologia padrão em momentos mais remotos.”
(“The Hubble tension is largely a local phenomenon, with little evidence that the expansion rate disagrees with expectations in the standard cosmology further back in time.”)— Indranil Banik, Pesquisador, Universidade de Portsmouth
Próximos passos
Os próximos passos incluem a comparação do modelo de vazio com outras teorias para reconstruir a história da expansão do universo. Banik e sua equipe planejam empregar “cronômetros cósmicos”, ou objetos massivos que evoluem, para determinar como a taxa de expansão do universo mudou ao longo do tempo. Outra meta é observar populações estelares em galáxias e correlacionar suas idades com o redshift de sua luz.
“Essas ondas sonoras viajaram por um curto período antes de se congelarem, uma vez que o universo esfriou o suficiente para permitir a formação de átomos neutros.”
(“These sound waves traveled for only a short while before becoming frozen in place once the universe cooled enough for neutral atoms to form.”)— Indranil Banik, Pesquisador, Universidade de Portsmouth
A potencial confirmação da presença de um vazio cósmico local poderia não apenas resolver a tensão de Hubble, mas também proporcionar novas perspectivas sobre a estrutura do universo e sua evolução. Essa pesquisa reforça a importância da astronomia na busca pelo entendimento profundo da natureza cósmica.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)