São Paulo — InkDesign News — A busca por planetas habitáveis na órbita da estrela TRAPPIST-1 sofre um revés com a descoberta da ausência de uma atmosfera semelhante à da Terra no terceiro planeta do sistema. O telescópio espacial James Webb (JWST) revelou que TRAPPIST-1d não possui as características necessárias para suportar vida como a conhecemos.
Detalhes da missão
O telescópio James Webb, lançado em 25 de dezembro de 2021, realiza observações precisas em busca de atmosferas em exoplanetas que orbitam estrelas anãs vermelhas. A missão se concentra no sistema TRAPPIST-1, localizado a aproximadamente 40 anos-luz da Terra, que possui sete planetas conhecidos, sendo que pelo menos quatro estão na “zona habitável”. O último relatório sobre o TRAPPIST-1d foi publicado em 13 de agosto na revista The Astrophysical Journal.
Tecnologia e objetivos
Equipado com o espectrômetro infravermelho NIRSpec, o JWST utiliza a técnica de espectroscopia de transmissão para analisar a luz estelar que passa através das atmosferas planetárias durante os trânsitos. Os astrônomos liderados por Caroline Piaulet-Ghorayeb da Universidade de Chicago não detectaram evidências de água, metano ou dióxido de carbono, gases que são cruciais para o aquecimento de corpos celestes e a manutenção de condições líquidas. Piaulet-Ghorayeb salientou que “pode haver algumas razões potenciais para a não detecção de uma atmosfera ao redor de TRAPPIST-1d”
pode ter uma atmosfera extremamente fina que é difícil de detectar, um pouco como Marte.
(“It could have an extremely thin atmosphere that is difficult to detect, somewhat like Mars.”)— Caroline Piaulet-Ghorayeb, Astrônoma, Universidade de Chicago
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Próximos passos
Enquanto a pesquisa sobre TRAPPIST-1d não rendeu resultados positivos, ainda existem mais quatro planetas para investigar. Os planetas e e f estão confirmados na zona habitável, enquanto o g está na borda, similar a Marte em nosso sistema solar. Piaulet-Ghorayeb destacou que “todas as esperanças não estão perdidas para atmosferas ao redor dos planetas TRAPPIST-1”
ainda há potencial para que os planetas exteriores mantenham muita água e outros componentes atmosféricos.
(“While we didn’t find a big, bold atmospheric signature for planet d, there is still potential for the outer planets to be holding onto a lot of water and other atmospheric components.”)— Caroline Piaulet-Ghorayeb, Astrônoma, Universidade de Chicago
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Se os planetas ao redor de TRAPPIST-1 não revelarem atmosferas adequadas, o futuro da exploração em estrelas anãs vermelhas permanece promissor, dado que essas estrelas constituem cerca de três quartos das estrelas da Via Láctea. A missão PLATO, da Agência Espacial Europeia, programada para lançamento em dezembro de 2026, visa acelerar a busca por planetas rochosos em zonas habitáveis ao redor de estrelas semelhantes ao Sol.
A investigação contínua nas atmosferas desses mundos pode trazer avanços significativos no entendimento das condições de habitabilidade e da possibilidade de vida além da Terra.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)
